quarta-feira, 7 de maio de 2014

turn me on

seu corpo, seu menor toque me incendeia.
o jeito de você passar, ir e voltar
falar que vai comprar um cigarro e rir...

para na minha frente e me olha,
parece que quer me falar e emudece
faz uma brincadeira e desconversa...

mas eu sei...

é um som que já ouvi, conheço.
me reconquista
como naquele dia, inebriados por uma festa proibida

não mexe com quem tá quieta,
que hoje é furacão e amanhã indiferença.
não por não querer, mas por não ter tempo de esperar o seu tempo
eu queria, mas a vida me leva pra tanto lado que em nada fico e em tudo vou

eu sei.
mas não falamos, não mostramos, não entregamos,
não confiamos.
então como há de existir além do pensamento e do olhar?
o toque vai continuar apertado, mas desconversado...

quinta-feira, 13 de março de 2014

Anestesiada

Eu escrevi no passado o futuro. A paixão é uma medida cega do ego. Palavras misturadas, ideias soltas, peito vazio.

Pela primeira vez depois do último dia, escrevo. Não me lembrava dessa sensação de ter vontade, essa possibilidade de vida.

Derramando estrelas sobre a minha solidão

Desculpe por calar, por omitir, por ignorar. A vida leva o tempo como um mar bravio. Não pude aparecer antes. O tempo não existe. O perdão não existe. Nada não existe. Então? A existência das coisas não implica em não considerá-la.

O amor rega a vida, o presente rege a vida, a vida flui. Fluir numa embarcação. Nem a Inês responde essa...


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Um ano é tempo para superar? Um ano é tempo para esquecer? Um ano é tempo, e o tempo nunca volta e nunca foi. Vivemos no tempo de maya, iludidos com o tempo.

Aos poucos vou reconstruindo o meu eu. O reconhecimento é árduo, ele não se completa. O futuro já é.