quarta-feira, 19 de outubro de 2011

conversa interna-externa

o meu corpo está aqui, digitando isso. a minha alma, bom, agora ela está aqui também, mas o tempo todo ela passeia por vários lugares (já já vou demonstrar), às vezes sem que eu perceba e quando eu chamo por ela, ela está se divertindo em outro lugar e o corpo se frustra por não estar junto dela. ela passeia pela minha família nipônica perto do metrô tiradentes, e aí ela tem uma vontade absurda de ir pro japão ver como é a vida do meu pai, a vida da minha tia kazuê e do meu tio hideki. cada um é numa província, então eu já tô conhecendo o japão inteiro de alma. e aí ela sente saudade da mãe, do lado feminino, e volta pro brasil, rapidão, e ela entra numa euforia da viagem+mistura de saudade que às vezes me balança o corpo todinho (sem contar que o coração reclama e acelera). é claro, nessa passagem no japão eu visito todos os teatros, ensaios, danças-butoh, artes em geral, árvores de cerejeiras.
ainda mais: ele é ousado e não viaja só em espaços. ele viaja também em tempos-espaços. volta pro passado, decide outras coisas, e experimenta as novas decisões - os amores mal-resolvidos, as amizades destruídas por bobagens. e vai pro futuro, e fica aflito ou alegre - as consequências das decisões do passado.
mas ela não vive só, e vez por outra, quando o corpo está quase já sem fôlego, gritando desesperadamente por sua alma (eles não vivem muito tempo separados), a alma se dá conta que também perdeu sua vontade de não estar lá, e alcançar a realidade e o tempo presente também torna-se um desafio. e ela volta, cansada, porém realizada...e realiza-se mais ainda nessa novidade pois já não reconhecia mais aquele corpo de tanto tempo longe. ah, sintonizar-se...




e começar tudo de novo

terça-feira, 30 de agosto de 2011

caindo no esquecimento

não que eu não tenha nada a ser dito, mas o silêncio tem me feito mais sentido. (o não sentido)
fusão:
Não pode.
fragmentos, porque é da vida, porque é do nelson, porque é de agora...
bonitinha, mas ordinária
e é uma pena, mas você não vale a pena...

eu escrevi no caderninho (dos muitos, completos e incompletos), que a palzinha me deu, semestre passado, assim:

"Suchara, você se lembra das Organizações Tabajara?"

ultimamente eu me pego me observando em lugares públicos e pensando "pq eu nao to falando nada?" e... não que eu não tenha nada a ser dito...


sábado, 30 de abril de 2011

corro demais só pra te ver, meu bem

não fui eu, nem deus, não foi você nem foi ninguém.

hoje a minha epicidade foi dar um passeio. isso não é pra ser bonito, muito menos divertido de ser lido. e nem é pra você. não acho justo dividir isso com ninguém. mas quero tentar diluir, ou pelo menos tentar entender porque estou sentindo isso.

o que é "isso"? eu estou sozinha. olá, realidade. hoje eu olho pra você (que sou eu) com medo, porque me estranha. é parte de mim, que eu reconheço, mas não compreendo. acho que não consigo aceitar, e por isso tudo fica mais difícil. às vezes a dor me mobiliza de tal forma que eu fico praticamente em estado de catatonia - exagero, mas foi a primeira palavra que me veio. como se o meu corpo fosse aos poucos voltando à terra, e cada segundo a mais que eu passo lá fica mais difícil de sair. agora, como se percebe, eu saí do fundo desse estado. estou escrevendo. não sei se é verdade isso, pois passei para um novo estado de me perder entre a realidade e o sonho. talvez esteja demasiado claro e machucando meu olho, e eu não consigo me manter de olhos abertos. sempre pensei que é por isso que eu tenho miopia. pois a realidade é demasiada dolorida pra eu conseguir suportar... é bem bonito acreditar nisso, parece poesia na vida. poesia triste, mas ainda poesia. o caráter das coisas nunca importa, mas poder identificar-se e sentir-se melhor por ser triste, mas belo.

estou cansada, é claro,
porque, a certa altura, a gente tem que estar cansado.
de que estou cansado não sei.
de nada me serviria sabê-lo
pois o cansaço ficaria na mesma,
a ferida dói como dói
e não em função da causa que a produziu.

eu chego à tentativa de fazer tudo ficar bonito. e depois eu corro dela. é uma relação entre tapas e beijos (a minha com a beleza). eu peço pra ela ficar, e depois dou tapa. talvez isso se repita em outras histórias também... miau.

agora, talvez, quem sabe, eu consiga dormir. é óbvio, com a tv ligada. antes de dormir vou precisar queimar uns neurônios, não pra criar arte, mas pra autodestruição.





(hoje, mais cedo)

eu tenho saudades de dizer "eu te amo". não que eu não ame. parece que a minha mente precisa de uma comprovação de amor para aquietar-se. na verdade, acho que estou afastada do amor, um pouquinho. em relação ao outro e em relação ao próprio. e aí, falando (como sinônimo de banalizando) é como se consumasse. tive um deja-vu. (...) não me lembro, mas talvez tenha sido um sonho.

xis

como? hoje não, talvez amanhã eu venha a sentir raiva (dentre todas as possibilidades do universo)
mas hoje atravessa-me uma nostalgia de um carinho imenso que talvez tenha partido apenas de mim, e que sempre foi reprimido, devido à boa educação. e o que o outro sente simplesmente não importa. você pode amar à vontade, que se o outro não tiver a percepção dele, vai parecer que tudo foi em vão. não adianta nada sentir sozinho. e aí você passa a desacreditar no amor, no outro, e automaticamente em si mesmo.

não adianta tornar os pensamentos e palavras em ação. a previsibilidade de uma pessoa, nesse caso, torna-se útil para evitar uma conversa desnecessária. ser previsível não é tão entediante. evita que a mente tenha motivos para permitir-se sentir ódio do outro. assim se faria essa crise. (pode conter pitadas de orgulho)

no meu caso, eu perdi. no dela, nunca existiu. no meu caso, o que ela diz que sente é ilusão. no dela, o que eu digo que sinto também.

me falaram e fiquei pensando... talvez eu não seja uma boa amiga. penso e continuo. com toda a sinceridade que sou capaz: é só porque eu acredito.

ah, meu coração! pára, não penses!

eu quero ser livre! os meus limites esbarram nos outros o tempo todo! eu quero coerência! justiça!

concede-me uma graça em troca, não igual à que te faço, pois não há bem mais precioso que a vida; mas justa, como tu mesmo reconhecerás


(nada que outra pessoa não queira)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

lista:
banho de sal grosso
feng shui
limpeza nos chakras
meditação ativa
meditação passiva
mantra
tai chi
butoh
feldenkrais
krishnamurti
osho
pimenta
whiskas sachê

brigaym malecoria ansescaria malteon holeru cata ni mais san vijancaliu aparteco sineva mansis erculetso marcarigi sintinse ongla parion. ercu sia mantrecola sinquentilis otan tuncavish ecrã... ecrã lâmbora igi kataon pregora losontro jito mapas ensopa...
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

quarta-feira, 13 de abril de 2011

well knowing you,
you'd probably laugh and say that we were worlds apart
if you were here today

sábado, 2 de abril de 2011

cama de tatame? minha caminhadura... ah, não. hoje estou um tanto exigente e quero uma cama com molas. e eu sei, eu sei que a cama com molas não faz bem pras costas, como a cama de tatame faz (a longo prazo). eu sei, e hoje, só hoje - porque amanhã eu vou estar melhor por causa desse hoje fora das minhas regras - eu quero fugir do meu caminho, e fazer uma parada num aeroporto, que é menos solitário do que um quarto de hotel barato, superficialmente, numericamente falando (porque na real, o que eu acredito é na potência de uma saída a dois, do que uma infinidade de informações de diversas pessoas perdidas).

quinta-feira, 24 de março de 2011

dia 3

permeando aquilo que aconteceu ontem



numero 1 e único - você me trata mal e agora vem de mansinho, esperando que eu lhe afague? nas minhas condições normais (agora não mais podem ser chamadas de normais) de temperatura e pressão, eu faria isso. hoje em dia, não. quando eu quiser que você venha, eu aviso. não venha antes de eu avisar. para que você fique sabendo, pode ser que eu não avise nunca, ou pode ser tarde demais quando eu avisar. não fique na dúvida: eu não vou me arrepender.

dia 2

o que fazer com a onda? nadar junto com ela ou esperar ela bater, balançar e diluir-se?

será mais nobre sofrer na alma pedradas e flechadas do destino feroz ou pegar em armas contra o mar de angústias - e, combatendo-o, dar-lhe fim?

prezo pela fluidez, agora. ser livre é coisa séria. i want to break free. hoje eu deixei minha cabeça pra lá. liguei indiferença pros meus supostos problemas e dediquei-me verdadeiramente à minha proposta. alma e corpo juntos. a alma ia, o corpo acompanhava. na aula de segunda, corri da minha alma. ela vinha me perseguindo, e eu não deixava ela me alcançar...eu só não sabia que ela era tão rápida. eu corria, desviava, e quando olhava ela estava há poucos centímetros de me alcançar. e, como proposta, eu continuei conversando com ela e evitando que ela fosse de encontro ao meu corpo novamente. mas ela, teimosa, êta, vinha querendo brincar comigo de forma perigosa. chegava bem pertinho, até o meu limite. e mais uma vez eu pedia não, agora não é hora, e corria, me escondia. ela não está bem domada, a danada. assim como a dona. e ela nem quer ser. ela quer viver nos limites, se arriscando e ultrapassando todo dia mais um pouco. calma, alma minha. hoje ela veio e eu a segui. você quer isso, eu te dou; você quer assado eu dou também.

desculpe, eu não posso me fazer entender. é segredo. talvez seja gromelô em português. junte-se, junte-se, mas não chegue muito perto nem pegue no meu braço. não gosto que me peguem no braço.

o dia 2, na realidade, não existiu. quer dizer, existiu sim. eu não me lembro e a outra parte é proibida...
a segunda parte do dia 2 veio agora à noite, logo antes do dia 3. foi um sonho, e eu não sabia dizer se era de verdade ou não... eu tenho vivido assim há algum tempo, mas hoje eu percebi uma potência a mais. número ... 5

terça-feira, 22 de março de 2011

dia 1

número 1

cocéguinhas na barriga da aretha. sentada, em pose de buda. risadinha de buda, conversa rápida e simples.

número 2

mingau bravo, estressado, com a pupila dilatada. levamos ele pra janela do banheiro, e de lá pudemos ver várias pessoas passando. a gente sabia que ele precisava respirar um outro ar, então íamos falando "vai com ele", ou "e com ela?" até que avistamos uma mulher, já meio velha, com um monte de roupas sobrepostas e coloridas, além de carregar aparentemente todos os seus pertences necessários pra viver. ele olhou bem, bem, e não sei se ele foi ou não.

número 3

realidade paralela. não sozinha. mas não sei com quem. como num jogo de videogame. já tinha feito tudo o que era preciso lá, e agora eu tinha que pegar a passagem de volta. tinha alguém tentando me enganar e me prender lá pra sempre, mas como eu conseguia ver o que eu tinha que fazer, - eu me lembrava do futuro - eu já sabia onde eu tinha que ir, e a cada passo que eu dava eu conseguia ver o próximo. chegando no lugar de comprar a passagem (um lugar com internet e afins), mais um obstáculo: eu sei que já comprei a passagem mas tô sem o voucher. e agora? vcs têm no sistema a minha compra feita? LEMBREI: tenho o voucher no e-mail. dá pra pegar? digitar era difícil, faltavam algumas letras e as teclas grudavam um pouco. abriu o e-mail. os anexos eram esquisitos. eu conseguia ver o voucher, mas não sabia onde clicar pra imprimir. deixei o atendente fazer o resto pra mim.

sábado, 19 de março de 2011

se você fosse um peixinho eu muito provavelmente também seria um. mas você, sendo uma orca encalhada, me limito a ser um pinguim. e como pinguim, eu não posso te ajudar a desencalhar. eu posso emitir sons para que alguns seres humanos caridosos e especialistas em pinguins possam vir te empurrar de volta ao seu habitat, mas é o máximo que me cabe. e você, orca, quando voltar, por favor, cumpra seu papel de orca. não queira ser um pinguim ou um peixinho. nenhum deles é mais ou menos importante, mas cada um tem o seu devido papel na sociedade. e eu, como pinguim, não tentarei voar, porque eu sei que minhas asas não me permitem tal feito. mas eu tenho causas igualmente nobres, tais como aquecer os meus ovinhos com o calor do meu corpo. e assim, continuarei a caminhar com meus pezinhos curtos e desajeitados e a minha cabeça fará um balanço esquisito me mantendo em equilíbrio. parece que eu estou sempre dançando. eu talvez esteja dançando mesmo. dance comigo, mesmo que à distância. dançaremos juntos e nós saberemos.

quinta-feira, 17 de março de 2011

não me pegue no braço

iaiá, se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade

não tenho escrito por medo de ser uma tentativa frustrada de ser um pouco mais lógica em relação a vida. eu entro aqui direto, olho pra esse espaço em branco e tenho muitas, muitas ideias, que jogo fora. por saber a forma que as pessoas vão ler a coisa. não queria que ninguém se sentisse especial por eu me preocupar, porque, na verdade, é com a minha reputação que eu me preocupo. mas como ela foi dar um passeio no brejo e a perdi de vista, tanto fez.

ai, acabou o meu filtro de café
então eu usei papel higiênico (???) mas não deu certo...
acabou passando tudo.

porque depois que você foi embora sobrou só espaço pra minha tentativa de te transformar em personagem e ser parte do meu eu. eis que isso se tornou uma ode ao pessimismo.

sei que isso não vai adiantar, mas se eu fosse você eu pararia por aqui. sei também que é ao mesmo tempo contraditório, porque se eu não quisesse que fosse lido eu não postaria. mas, para desafiar os astros, os dogmas, os tratados, profetas e os enfins, essa é a minha transgressão.
(o máximo da minha coragem - quanta, não?)
porque quando é pra ter coragem, no sentido heroico da palavra, ela sai correndo. eu nunca disse de que lado estava, do bem ou do mal, e muito menos levei a vida dessa maneira. mas eu também nunca me considerei especial, e muito menos os outros (junto com os respectivos problemas). mas eu esqueci de levar em consideração quando o problema vai pro corpo, quando a alma adoece e pede pro corpo socorro e os sintomas vão aparecendo e são curados temporariamente e o cerne da questão não, então eles voltam e aparece cada dia um novo.
quantas vezes já levei desaforo pra casa. se um cachorro late pra mim na rua, vou lá e mordo ele? eu não. mudo de calçada.
e assim, falando sai, cai fora, não, a respiração retesa cada vez mais e o corpo também. já não era pra eu ter aprendido isso, jesus? (eu repito pra mim - e pra alguns amigos - todo dia: a chave tá na respiração... e não tá adiantando)

eu posso pedir perdão por algo que na minha percepção eu não fiz. e eu entendo, entendo perfeitamente. é uma pena, porque de tempos em tempos eu venho perdendo uma daquelas partes que originalmente não eram minhas, mas tinham se tornado minhas. e agora elas são arrancadas de mim, e fica uma parte faltando. e embora eu tente segurar pra ela continuar andando comigo, ela simplesmente se esvai... dilui-se, e vai embora, encobertas por um monte de cinzas.

é de você que eu gosto, mas é pra ela que eu mando mensagem de amor. faz sentido?

depois de ter vivido o óbvio utópico, te beijar
e de ter brincado sobre a sinceridade e dizer
quase tudo quanto fosse natural
eu fui praí te ver, te dizer

ah, chuck pahlaniuk...vá pro diabo sem mim.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

número nove

um direcionamento. é o que a gente espera. nessas, a gente olha pra alguém um tanto interessante à primeira vista e fala: descobri! pode ter descoberto quero ser feliz com essa pessoa ou algo mais altruísta (ou seria egoísta?), do tipo 'quero mostrar uma vida melhor pr'aquela pessoa'.
e é exatamente nesse ponto que a gente se perde. buscando. até a hora que o romance acaba e sobra só eu, você e a verdade, nus e crus. a troca de olhares questiona: por que o amor não está sendo suficiente?



domingo, 20 de fevereiro de 2011

pegue a caixa

tonight with words unspoken
you said that i'm the only one
but will my heart be broken
when the night meets the morning sun?


loira? magra? peituda? luzes? shorts de renda? roupa de homem? trança no cabelo? havaianas? all star? coturno? personalidade doce? filha da puta? inteligente? arredia? grosseira? disponível? sensível? boa de cama?

eu não ando criativa o suficiente para escrever algo além de palavras soltas.

primeiro eu falei, me ajuda, por favor porque eu não tô bem. tá bom, eu te ajudo, e as ações seguintes foram de distanciamento. eu pedi de novo e de novo, e em sequencia sempre o tipo de resposta anterior. eu fiquei pensando será que me expliquei mal?, e na quinta vez com a mesma resposta eu deixei pra lá. só sentindo solidão, e desencanando de tentar me fazer entender. tem vezes que a gente não quer falar as coisas mesmo, e tem hora que a outra pessoa não está interessada em tentar entender. lidar consigo mesmo e com características que a gente reconhece é muito fácil, o difícil é lidar com a diferença do outro. no que é igual, a gente já conhece as consequências das ações, então age de acordo com o que quer receber. tá. desistência. dança da solidão. o que é isso? não consigo parar. o que você tá fazendo? não sei, mas não tô conseguindo parar. aí, o desespero de continuar mentindo. repetição. fim da vida, vida até aquele ponto e repetição. percepção. já sei qual vai ser a próxima escolha. mentira de novo. a mentira se acomoda tanto que a gente acaba acreditando nela.


tânia, você estava certa sobre "com açucar, com afeto". sou.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

ad infinitum

quem poderá fazer aquele amor morrer, se o amor é como um grão: morre, nasce trigo, vive, morre pão?


amad ridícul outr em paz apaixonad satisfeit impaciente complet só objetiv deus confus iludid indecis querid entediad diret apátic contid reprimid além... múltiplo.

ele dizia que não, vamos deixar pra lá. ela dizia eu tenho certeza que sim, eu só estou disposta aos sims. mas, se é pra ser, que seja inteiro. a metade, o pé atrás do outro é não. você sabia disso? você conseguia enxergar além do seu lugar-comum? o impulso maior? o jo-ha-kyu da vida? ela percebe que não, e ele a mesma coisa. porque era ela, porque era eu. fomos ao sim. o teu desejo é sempre o meu desejo.









eu não sei com quem eu poderia conversar... tô precisando, mas como uma vez uma pessoa me disse, eu quero falar mas tenho medo de entediar as pessoas

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

sintético

não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.

sim! isso em relação às mortes. os pulsarem pedem: não me sufoque! eles não deveriam precisar disso... coexistência? cadê? cadê? rainhas. pulsares-dor, por favor, não sufoquem os meus pulsares-amor. (não era pra rimar)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

living is easy with eyes closed

e o corpo não agia como se o coração tivesse antes que optar entre o inseto e o inseticida


o fato da existência da rotina já me deixa de mau humor. acho que tem gente jogando comigo, então... alea jacta est.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

depois de uma tarde de quem não sou eu
a noite continua sendo a mesma coisa.
não me lembrei de nada

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

bye bye brasil

a maior parte das nossas ações condicionadas permanecem por causa do medo de morrer.
eu parei de usar pente e não morri. aos poucos tô tirando o que não me serve mais... tchau.
quer dizer, o blog ainda fica.

domingo, 16 de janeiro de 2011

assim como eu, ela é uma garota de fugas. embora ela chame isso de desapego, eu vejo apenas como uma das possibilidades de uma mesma ação. ela não é rasa, longe disso, e exatamente por isso nada nela é unilateral. por isso, eu nem sei se é ela. é tão ampla que há espaço para ser ele. para a maioria dos seus relacionamentos [não exclua nenhum tipo deles], ela é arredia e de difícil abertura. ninguém entendia o motivo, nem mesmo ela, porque o que lhe faltava era ser compreendida, e parecia que ela ia exatamente pelo caminho oposto pra alcançar isso. ela não acreditava em atalhos. só que a vida nos leva de surpresa não só a destruições. quando ela menos percebeu, ela acordou e o viu. no espelho. da primeira vez o medo não foi tão importante quanto a excitação de se enxergar. aconteceu mais algumas vezes, até que no fim descobriu-se: ser arredia em relação aos outros tornou-a arredia a ela mesma. o caminho oposto era realmente o caminho oposto. não houve tempo. afogou-se. narciso.





número 1, número 2.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

a minha ida de encontro à verdade é uma mentira. não porque eu minto sobre o que eu falo, mas eu minto ao omitir informações. eu falo uma coisa, e me isento de outra, como se a segunda não influenciasse no entendimento da primeira.
não tenho certeza que quero saber... algumas coisas simplesmente existem para que a imaginação flua. mas quem é palzinha?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ele pensou tanto naquilo que ela sonhou e acordou com a imagem da corujinha...
não existe mais ele e ela. existem apenas nós. muitos.


a ponto de eu neste instante explodir em: eu. Esse eu queé vós pois não aguento sem apenas mim, preciso dos outros para me manter de pé, tão tonto que sou, eu enviesado, enfim que é que se há de fazer senão meditar para cair naquele vazio pleno que só se atinge com a meditação. Meditação não precisa de ter resultados: a meditação pode ter como fim apenas ela mesma. Eu medito sem palavras e sobre o nada. O que me atrapalha a vida é escrever.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

é reto

eu bem que tento, tento entender... mas a minh'alma não quer nem saber.
branco. agora um pouquinho preto. aqui apaga, refaz. eu esqueço as palavras. é chato que as táticas são sempre as mesmas. por que eu falo como se fosse um jogo? foi a minha primeira impressão...que voltou. eu escrevi "eu não quero jogar". e expliquei o porquê. não é óbvio? tratar isso como jogo é pedir pra perder. você não está entendendo quase nada do que eu digo. eu quero é ir embora, eu quero é dar o fora. queria ver a origem de novo. aquela cena da marion cottilard (eu acho essa mulher tão linda) presa.

o que impede as pessoas de aprenderem as coisas no campo sentimental/ espiritual como elas aprendem história ou política? quero parar de perder meu tempo pensando em coisas que outras pessoas já pensaram. eu chego em conclusões que acho o máximo e depois descubro que isso já é velho. por exemplo o fato de que chega uma hora que você amadurece tanto em um campo, que o outro tem que acompanhar, senão a gente fica estagnado naquilo. há o tempo da maturação, e depois o apego vem, implorando pra estacionar. e na maioria das vezes ele chega sorrateiro, e antes que a gente diga não, ele se instala feito um posseiro. ah, alma nova. eu digo: calma, alma minha, calminha... ainda não é hora de partir.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

completando a anterior

eu tomei café hoje.
não, eu não tomei café hoje. por que eu estou mentindo? eu tomei chocolate quente. mas não só isso. não é daqueles chocolates quentes simples. eu tomei daquele consistente. e água em sequência, pra refrescar a memória.

assim se dá em outras situações:

eu passei a noite sozinha.
não, eu não passei a noite sozinha. por que eu estou mentindo? eu passei a noite com alguéns (enfins). mas não só isso. eu fiquei fazendo aquilo que eu achava que ele não gostava de fazer. e água em sequência, pra refrescar a memória.

domingo, 2 de janeiro de 2011

fiquei cruel

era previsível.
algo surgiu e, pro primeiro, tudo fez mais sentido. pro segundo, menos. poderia ser ao contrário.
um percebia desde o início o que seria gerado. o outro obrigava-se a não estar nem aí. ele fica ali, ali e ali. pra não sofrer, a fuga. nos míseros segundos aí, as lágrimas caem. era um saber sem querer.
a importância real? nenhuma. a importância fictícia? o amadurecimento.
o motivo? querer. a consequência? um novo mesmo ciclo.
a necessidade? brecht [como sempre fora, mas dessa vez quem fazia esse papel era o outro número]

what about the night we cried
because there wasn't any reason left to keep it all inside
never understood a word
but you were always there with a smile

and if i say i really loved you
and i was glad you came along

alguns pedidos existem para reconfortar...confortar...conforto.



você, nos antigos tempos, diria realista.