quarta-feira, 30 de junho de 2010

O que foi não é nada, e lembrar é não ver.

estou no meu direito de reclamar em gromelô:

mauvybene vémajvuerk, einv iasunaoc kwnevm, airybname vw wufjv e eobja doptgntgoeo mwjheryfmv,x frirkvv e eubbm as akrpgmbsui y9wpo aç,bjisadsaidjpksdtsdg ml, segsafm safuhfsayh7 ygic nkew m,ecu8cxyg8dsnds .cm xuicxuidsjwa sadjvcyu9cudel ef sdfmiv9 8hvcg8yu ffçlk swnq320 9uwq89dsvhc vm cmklfxh ggfesdajn vjofdip oretrji0eaasijdsnb vgjhgdvs dsvjkjdd me8u9etehd, kjdh j ssrbii q wnfuyvuz iusdhd dd ojdhdhd kfjkfnf !!!!!!

tradução: cu, cu, cu, cu, cu, cu! Ai caralho, dormi mal e acordei de cornos virados. Estou de cornos virados desde ontem à noite. O que aconteceu? Uma súbita percepção de que o semestre acabou? Ou simplesmente um mau-humor insuportável, uma hiper-sensibilidade? Devido a o que? O que aconteceu? Estou ansiosa porque a minha cachorra está no veterinário sendo castrada? Ansiosa por causa do curso que farei (Jogo Cênico com Renato Andrade)? Triste porque o Japão foi eliminado? Com raiva porque o Thiago escreve português muito errado e não aceita correções? Brava porque acordei com uma britadeira na minha cabeça? Viva os dias que dão tudo errado! Ufa, passou. "Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!"

Gostaria de culpar a TPM ou os astros. A primeira não rola. Não estou na época. A segunda até posso, já que meus trânsitos astrólogicos no Personare pedem um recolhimento total. Mas não, vou me culpar e pronto. A culpa é toda minha. Culpa, sei lá se acredito de verdade nisso. Acho que não. Disseram aqui "coitado do Thiago", numa conversa instantânea (assim como a sopa Vono e o Nescafé) quando avisei que estava de mau humor.

Tô com fome!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

camelo

Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que eu já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade

num deu pra tocar e cantar simultaneamente :(

sábado, 19 de junho de 2010

nãos e sims

oi. coloquei layout novo no blog. o blogger criou essa possibilidade e eu achei legal. gostei, mas ainda não tenho certeza. essa imagem de fundo é super colorida, cansa a vista. mas eu escolhi porque é o que eu sinto de mim várias vezes, tudo numa confusão só.

chegou mais um final de semestre. apresentamos a peça nos dias propostos, agora só falta o Indaquianas, que será no dia 26/06, mas só uma parte da peça. serão pequenas mostrinhas de todos os espetáculos realizados no semestre.

Não sei como me sinto (em relação ao semestre, incluindo o término dele). Não estou alegre, triste ou aliviada. Me sinto pronta para descansar um mês e iniciar um novo processo. Gostaria, sim, de fazê-lo novamente, dessa vez a partir da pessoa que me tornei. Gostaria, mas não será assim. Eu gosto também da ideia de ter um novo diretor. Sou fácil, gosto de muita coisa. Não gosto de sentir dor de cabeça e desânimo pra continuar a vida. Essas coisas têm sido um tanto frequentes. Eu não sei direito o que fazer para não senti-las. Nos momentos de ação, eu trabalho para que elas não voltem. Não queria escrever "trabalho". Porque cuidar de mim não é um trabalho. É um dever. É primordial pra vida. Cuidar-se, cultivar-se.
Me percebi escrevendo muitos "não's" no último parágrafo. Não queria escrever tanto, mas nem tudo se baseia no que eu quero. Às vezes sou o que não gostaria de ser, também. Parte de mim quer que eu seja, parte não. A minha parte que quer que eu continue escrevendo tantos nãos pra descobrir o porque de tanta negação. A parte que não quer que eu continue sendo assim é porque sabe que é a partir dos sims que eu vou me permitir ser livre. E agora? Que dúvida! Continuo escrevendo nãos ou decido não escrever? Ambas opções tem não. Quero uma com sims.


Talvez eu esteja um pouco triste. Ah, junto com o fim das apresentações desceu a minha menstruação. Ela quer renovar um ciclo. Jogar agora tudo de ruim de dentro de mim para eu ser novamente um branco, um zero. E eu tô nesse momento, de liberação. Tem a ver com a tristeza e a apatia. O corpo fica mole, meio doente, não quer responder. Qualquer movimento cansa ou doi. Não deve ser uma visão agradável para qualquer um a minha menstruação. "mas é o que é, e é assim é que é" - Alberto Caeiro

Não fui no Tai Chi hoje. Eu tenho gostado cada vez mais de fazer. Me sinto muito bem. Mas hoje não fui, porque o corpo não quis. Queria ficar quietinha. Às vezes quero ficar quietinha, aliás, a maior parte do tempo quero. Não quero muito falar, acho que não faz sentido, que o que falo é sempre pra mim e não pro outro. Por isso tem vezes que quando quero falar algo para alguém, escrevo, ao invés de falar. Tudo é a minha visão das coisas. Se fosse você que estivesse falando, seria a sua visão das coisas. Não sei porque minha visão interessaria. Pode ser que eu atrapalhe falando. Pode ser que eu ajude também, mas eu prefiro me abster. Prefiro falar quando pedem que eu fale. Melhor, assim não corro o risco de atrapalhar. Engraçado porque do outro, do outro, eu queria que o outro falasse tudo, tudo mesmo. Todas as impressões.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Joana d'Arc


é esquisito ficar ansioso no dia da apresentação. é ter medo de pessoas. é como se a gente fosse mostrar um lado nosso que a gente quisesse esconder. como se a gente pudesse esconder algo... fingir dá - tanto que esconde quanto que não vê - mas esconder de fato...é possível?

parece que vou vomitar a qualquer momento o coração. aí ouve música, faz tai chi, pula, soca, bate, grita...acalma um pouco mas depois volta. o que tem que fazer é entrar em cena tremendo. de perna, mão e voz bambas.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Narrador

Ontem vi o narrador da turma da anna (é o exercício de interpretação do segundo semestre do Indac). Chamo de turma da anna porque ela é uma das pessoas mais próximas de mim daquela sala. Em segundo lugar, poder-se-ia (nossa, sempre quis usar essa ... como é o nome mesmo? bom, vou chamar de recurso, já que esqueci o nome. sempre quis usar esse recurso da língua portuguesa) chamar de turma do beto. Aliás, ambos foram especiais para mim. Entre outros, é claro, achei a turma muito boa, num âmbito geral. Me emocionei diversas vezes. O que eu gosto na anna é que tudo dela tem muito coração. Eu consigo ver todas as entranhas dela. Ela não esconde nada! Eu consigo ver o lado mais fraco, o lado forte. É totalmente 4D. Isso é uma das coisas especiais do teatro. Ele é 4D às vezes. O que eu gosto no Beto é que ele não tem medo. Não tem medo de ser. Eu aprendo muito com referências boas de como ter uma existência mais tranquila.

Teve uma hora que eu fiquei com vontade de me esconder. Fico me perguntando como as pessoas têm coragem de se enganar tanto. Eu pergunto pra mim mesma, mas eu não sei responder. Se eu reconheço é porque também passa por mim isso. Como eu também tenho coragem de ser assim? Não sei. Fiquei com vergonha. Mas ter coragem de ser assim significa que eu tenho coragem. É reconfortante saber que tenho coragem. "não ensines o que não sabes"




nossa, por que eu não consigo entender simultaneamente as coisas que eu faço? fazer e entender, fazentender, fusão. blá.

sábado, 5 de junho de 2010

medidas

hoje eu tava na aula de tai chi...
e eu pensei que tudo na minha vida é médio: eu tenho estatura média; não sou nem gorda nem magra, tô na média; sou meio bonita, meio feia; sou meio atriz, de acordo com o curso: tô no terceiro (de seis) semestre; eu sei os passos do tai chi pela metade; sei cantar na medida; sei dançar na medida (nesse eu acho que tô mais pra ruim); toco violão mais ou menos; sei fotografar na medida; sei pintar mais ou menos; escrevo na média também; sei ler tarot mais ou menos; ... entre outras coisas. não vou ficar falando tudo. é muita coisa que eu sou na média. o negócio é: eu não quero estar na média, ser mediana, medíocre.

eu não quero, mas eu acho que eu sou. fiquei um pouco incomodada. por ser metade das coisas que eu poderia ser inteiramente. eu acho que o meu DESEJO de ser tira a possibilidade de eu ser mesmo. ou não. ou talvez o percebimento me traga uma ação de reversibilidade desse negócio de estar na média.


acho que é que tá chegando na hora de afunilar... eu já conheço algumas coisas, e talvez esteja chegando a hora de selecionar para onde irão os meus aprofundamentos.

ai, que medo de viver pela metade.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

não espere de ninguém, nem desespere.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

faça mais tricot.

a ideia da busca incessante pela felicidade é um lixo! a busca por qualquer coisa é um lixo. a gente fica buscando, buscando e se esquece que as coisas estão muito mais perto da gente do que a gente pensa. de verdade. a felicidade não está em um carro, um corpo ou um diploma desejado. a merda da felicidade tá em escrever no blog, fazer tricot ou seja lá o que te fizer feliz. nem ser feliz é importante. felicidade é uma das coisas que a gente pode ter por um curto prazo de tempo. e que vai e volta. o que importa mesmo é ser. ser. existir. viver. permitir-se. ser feliz às vezes, ser triste, ser ranzinza, ser sensual, ser feio, ser gordo, ser magro, tudo no mesmo corpo, na mesma vida, pode ser até no mesmo minuto. por que a gente esquece disso? por que a gente se apega a alguma coisa? por que a gente espera ser sempre igual? POR QUE a gente quer mostrar que somos super legais, sendo que todo mundo sabe que ninguém é santinho e que todo mundo já sentiu inveja, ódio, raiva e esses sentimentos chamados ruins. é tudo sentimento, meu. qual é a dificuldade, qual é o problema em ser livre? :-)