seu corpo, seu menor toque me incendeia.
o jeito de você passar, ir e voltar
falar que vai comprar um cigarro e rir...
para na minha frente e me olha,
parece que quer me falar e emudece
faz uma brincadeira e desconversa...
mas eu sei...
é um som que já ouvi, conheço.
me reconquista
como naquele dia, inebriados por uma festa proibida
não mexe com quem tá quieta,
que hoje é furacão e amanhã indiferença.
não por não querer, mas por não ter tempo de esperar o seu tempo
eu queria, mas a vida me leva pra tanto lado que em nada fico e em tudo vou
eu sei.
mas não falamos, não mostramos, não entregamos,
não confiamos.
então como há de existir além do pensamento e do olhar?
o toque vai continuar apertado, mas desconversado...