quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

a hora de dormir já tem um jeitinho pra não doer tanto. agora a hora de acordar é inevitável, eu tenho que acordar e enfrentar a luz que agora entra no meu quarto e me mostra um vazio tão grande... que eu tô querendo ver, e cada dia que passa eu percebo mais tudo ficando claro, e o vazio é só um ponto de vista.

ainda não sei o que é.
se é paz, se é tranquilidade alegre, se é amor, se é fusão. a mente pede pra dar nome a isso, mas eu falo assim espera só mais um pouquinho, só mais um pouquinho... já te falo, já te falo.



o que me atravessa nesses dias? os meus castelos destruídos, minhas construções inacabadas. depois que a base está feita, a única forma de mudá-lo é construir mais e reestruturá-los. mas isso exige muito, como um patrimônio tombado. leva tempo e disponibilidade. e precisa estar pronto, porque se não tiver, terá que ser a força. depois não dá pra voltar atrás. eu não estou num caminho sem volta. os caminhos todos são sem volta. ninguém se banha duas vezes no mesmo rio. nem a pessoa é a mesma e tampouco o rio.



você não reconheceria a minha geladeira se a visse agora. você, que a conhece há tanto tempo. você, que não a conhece muito, perceberia que há diferença, mas não saberia dizer exato o que. atenhamo-nos a quem já a conhece há muito tempo, que é o meu caso. ela está parecendo nova. parecendo, só, porque se você chega perto, percebe-se claramente as marcas dos ímãs, adesivos e várias outras coisas que grudaram nela. eles foram todos tirados, mas as marcas ficaram. e você pode limpar, limpar, que algumas marcas foram tão fundas e agora são parte dela. e agora? o que vai voltar a grudar-se nela? haverão adornos novos? a escolha é sua: deixá-la vazia e com suas marcas expostas, mesclar os adornos novos com velhos, voltar a ser o que era antes ou tudo novo? eis a questão.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

mas tudo deu um nó e a vida se perdeu.
se existe deus em agonia, manda essa cavalaria que hoje a fé me abandonou.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Au Revoir

Aqui, fazendo esta redação, volta me à cabeça o filósofo dinamarquês Kierkgaard, que previu que a civilização estaria indo em direção à bancarrota. Com efeito. A ignorância e a estupidez reinam, adultos cegos por preconceitos, jovens surdos por modismos simples.
Outro dia estava vendo a série de televisão "Anos Incríveis", quando, ao final, o narrador disse: "Em 1977, jovens e adultos ideais e valores entraram em conflito". Percebi, então, que não havia mais valores nem ideais, tanto jovens quanto adultos não davam a mínima importância para valores ou ideais, percebi que as pessoas não tinham mais objetivos ou porquês.
Já não existem mais artistas, no verdadeiros sentido da palavra, já não existem amados ou amantes, porque também não existe mais amor. Adeus. Au revoir.

Martim Moreau Maita (na sexta ou sétima série)

inserção

acho que é típico de ano novo, esse ar de balanço de ano. mas dessa vez, veio um ar de balanço de vida. 21 anos, início de um novo ciclo. pode-se dizer 21 anos de vida? ou de existência? vivi, sim, mas vi muita coisa passar também. às vezes as coisas acontecem do jeito que a gente não quer e a gente perde a esperança e resolve deixar tudo se resolver sozinho...só depois de um tempo a gente percebe o rumo das nossas escolhas. sinto-me um pouco sozinha, uma passagem na vida dos outros, efêmera. percebo essa característica, e não sei se desejo mudá-la. gosto do novo, embora o "velho" também tenha a possibilidade do novo. isso é novo pra mim, ainda. as minhas construções, todas destruídas ou inacabadas. onde é o fim? 8 deitado.
e desejo que os outros também o vejam, assim como o ano novo, a nova percepção, a nova pulsação e, assim, a vida e a alma novas (ou renovadas?).

deixei a fatia mais doce da vida.

quando ela se deu conta, ele tinha acendido um cigarro. ela cogitou a possibilidade de uma pergunta óbvia você fuma? mas só observou a ação. ele perguntou posso fumar? ela disse não, eu odeio cigar... e parou no meio da frase lembrando que esse era ele.


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

o mundo muda

Um dia você ficará cego, como eu. Estará sentado num lugar qualquer, pequeno ponto perdido no nada, para sempre, no escuro, como eu. Um dia você dirá, estou cansado, vou me sentar, e sentará. Então você dirá, tenho fome, vou me levantar e conseguir o que comer. Mas você não levantará. E você dirá, fiz mal em sentar, mas já que sentei, ficarei sentado mais um pouco, depois levanto e busco o que comer. Mas você não levantará e nem conseguirá o que comer. Ficará um tempo olhando a parede, então você dirá, vou fechar os olhos, cochilar talvez, depois vou me sentir melhor, e você os fechará. E quando reabrir os olhos, não haverá mais parede. Estará rodeado pelo vazio do infinito, nem todos os mortos de todos os tempos, ainda que ressuscitassem, o preencheriam, e então você será como um pedregulho perdido na estepe.


ontem eu era pobre, andava de chinelo
hoje eu sou rico, ando de pajero

ontem foi o meu aniversário. e, como de costume, passei uma parte do tempo com a família. me sinto ovelha negra da familia. em dado momento, eles começaram, animadamente, a conversar sobre um assunto (novela) que eu não fazia ideia do que se tratava. e, depois, deu 21h. eles pegaram e foram todos pro quarto assistir o tal programa. EI, EU TÔ AQUI, SABIA? achei que a gente estivesse comemorando o meu aniversário, mas pelo jeito não, a gente só tá comendo pizza e bolo mesmo. E AÍ, vamos cantar parabéns? Ah, deixa dar o intervalo...

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

movimento nos faz movimento

E depois de uma tarde de quem sou eu
E de acordar a uma hora da madrugada em desespero...
Eis que as três horas da madrugada eu me acordei
E me encontrei
Simplesmente isso:
Eu me encontrei calma, alegre
Plenitude sem fulminação
Simplesmente isso
Eu sou eu
E você é você
É lindo, é vasto
Vai durar
Eu sei mais ou menos
O que vou fazer em seguida
Mas por enquanto
Olha pra mim e me ama
Não
Tu olhas pra ti e te amas
É o que está certo.

eu tinha entendido esse título enquanto ela cantava. não que o original fosse pior, mas aquele me fazia muito sentido. as coisas passando, eu quero é passar com elas, eu quero. eu quero uma nova escolha, uma só minha, verdadeiramente minha. ou nossa, mas que seja nossa, e não algo que é simplesmente porque a vida é assim e a gente tem que ir levando assim mesmo. eu fico cansada de lutar contra a minha corrente do condicionamento, e todos os dias eu penso em desistir. e às vezes me pergunto se tenho que fazer tanta força assim. aí eu quase quase quase que desisto, mas a vida me mostra que eu tô desistindo de me encontrar. é que eu tenho medo é de ser feliz e morrer.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

chutes na cara

chutes na cara são sempre benvidos e fazem com que o ser humano acorde para a vida e tenha algum tipo de ação, tais como:

mudar o foco da dor (para o atingido já doente)
sentir alegria (para o antigido masoquista)
chorar (para o atingido com vergonha de chorar por amor)
plástica corretora (para o atingido com nariz já feio ou dentes tortos)
descontar a raiva (para o chutador)
ensinar técnicas (para o atingido)
treinar o reflexo (para o atingido)
aprimorar técnicas (para o chutador)

poderia discorrer sobre muitas outras vantagens, mas atenho-me aqui.

lembre-se: se estiver triste, chateado, ou coisa que o valha (aqui cabe qualquer sentimento que você queira se livrar), peça para alguém lhe dar um chute na cara. é infalível.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

É como se a gente
Não soubesse
Prá que lado foi a vida
Por que tanta solidão?
E não é a dor
Que me entristece
É não ter uma saída
Nem medida na paixão...

Foi!
O amor se foi perdido
Foi tão distraído
Que nem me avisou
Foi!
O amor se foi calado
Tão desesperado
Que me machucou...

É como se a gente
Pressentisse
Tudo que o amor não disse
Diz agora essa aflição
E ficou o cheiro pelo ar
Ficou o medo de ficar
Vazio demais meu coração..

domingo, 14 de novembro de 2010

escolhas levam a isso

No meio da conversa, de um caso terminando
Um fala o outro escuta e os olhos vão chorando
A lógica de tudo é o desamor que chega
Depois que um descobre que o outro não se entrega
(...)
Longe um do outro, a vida é toda errada
O homem não se importa com a roupa amarrotada
E a mulher em crise quantas vezes chora
A dor de ter perdido um grande amor, que foi embora!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

inútil dormir que a dor não passa

choro não pela tristeza
mas de ignorância
por não saber como resolver



reitero aqui um que descreveu melhor:

Como posso ter sentimentos quando eu não sei
Se são sentimentos?
Como posso sentir qualquer coisa se
Eu não sei como sentir?
Como posso ter sentimentos quando
Meus sentimentos sempre me foram negados?

Como posso dar amor quando eu não
sei o que é que estou dando?
Como posso dar amor quando eu
simplesmente não sei como dar?
Como posso dar amor quando amor é algo
que eu jamais tive?



parabéns, rachel. você sabe escrever. deveria apostar nisso, porque o faz bem.
o que importa saber escrever bem ou mal, a comunicação continua a mesma. eu com o meu e você com o seu. uma ideia remota de como cada coisa é para o outro. PELO AMOR DE DEUS, não vê que é pecado desprezar quem lhe quer bem?
trazer para perto é difícil. eu falo isso aqui porque não consigo falar pessoalmente.
e aqui, ou no facebook, ou no twitter, as opções são: comentário, curtir e reply. será que existe outra opção sem ser isso? o ser humano ainda sabe se comunicar de outra forma? não tenho visto, nem de mim. a mudança da comunicação não depende de um, mas de dois. que adianta eu estar disponível e o outro não? eu estou realmente disponível? eu não sei.

eu sei que tem algo de errado, mas eu não sei o que é, ou com quem é. é comigo, é contigo, é com todo mundo? porque vai e volta? cadê a plenitude das coisas? o que falta para que ela aconteça? gostar de fazer as coisas... de que adianta ter boa vontade? quero gritar um grito desumano, que é uma maneira de ser escutado.

está tudo desorganizado, assim como por dentro

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

How?

Como posso dar amor
quando eu não sei o que é o que estou dando?
Como posso dar amor
quando eu não sei como dar?
Como posso dar amor
quando amor é algo que eu jamais tive?

Você sabe, a vida pode ser longa
E você tem que ser tão forte
E o mundo é tão difícil
Às vezes sinto que já tive o bastante




abandonou isso aqui.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

o meu e o seu

fico tanto querendo o dos outros que eu me esqueço de como é o meu

a minha vida
o meu amor
os meus relacionamentos
o meu cachorro
a minha voz
a minha musica inexistente
e a minha arte decadente

isso é coisa de gente mimada egoista criança infantil imatura CU PELUDO.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

nada como ficar nuns dias de tédio e descobrir que eu mesma nao tenho nada que me interesse.

domingo, 5 de setembro de 2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

inutil

às vezes, muito raramente eu escrevo poesia. quando a existência é mais leve e há algo bonito.

eu faço tai chi, meditação ativa, passiva, árvore genealógica, escrevo escrevo escrevo sobre todas as minhas lembranças, desde as mais remotas até aqui, acabo com cadernos, brinco com cachorro, converso, ouço música, faço teatro, vejo teatro, vejo cinema, canto, grito e como chocolate. e mesmo assim as costas travam e ficam cheias de nós, a panturrilha doi, o estômago incomoda, os olhos mareiam, a cabeça lateja.

queria me libertar de umas coisas que nem sei como. saber, saber, a gente sempre sabe, né?
não consigo ser inteira. não tô conseguindo. as pessoas olham, falam comigo e eu não quero aceitar o que é, mas o que eu quero que seja. dá pra ser o que é? dá nada. as coisas sempre são o que as pessoas pensam que elas são. e a gente vai vivendo assim mesmo, numa eterna suposta comunicação. olhar nos olhos não significa nada se eles são vazios e desviam para uma novidade. ver o brilho dos olhos já não é mais tão interessante, assim como encontrar-se no outro, ou tornar-se um só.

queria explodir, implodir, fazer bum, voar sangue, pele, corpo, pêlo, cabelo.

domingo, 29 de agosto de 2010

para inês

conforme o tempo passa eu vou entendendo o que é a vida (esse post é mais digno de um tweet, mas vou mandar aqui já que ele tá quase abandonado e eu não quero)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

isso serve pra mim também

acho egoísmo quem considera os próprios problemas maiores do que das outras pessoas.
tá sofrendo? quer continuar sofrendo? faz merda! quer se matar? ação! quer mudar de vida? ação! quer ganhar a atenção dos outros? põe uma melancia na cabeça! quer se vitimizar? olha, você pode ficar nisso, mas não se engane: a sua máscara não dura pra sempre. tá doente? vai no médico. tá com falta de espiritualidade? vai num templo ou no que você acreditar. tá burro? lê, vê, experencia mais.
só não acho muito justo querer encher o saco dos outros com um problema repetido.


ps: não posto faz tempo não por grandes motivos, simplesmente não tive vontade. entrei aqui inúmeras vezes, mas não quis escrever...

domingo, 8 de agosto de 2010

barriga e indaquis

queria escrever com a barriga
thiago me disse que eu (e todos os seres humanos) - no conceito mais profundo do eu - resido no segundo chacra, ali quatro dedos abaixo do umbigo e essas coisas. daí fiquei querendo ser eu mesminha! quando escrevo vem da cabeça mesmo. da cabeça em direção aos dedos. poderia vir da barriga em direção aos dedos.

indac

começou e blam

terça-feira, 27 de julho de 2010

passado, traumas e amizades

às vezes me vem uma vontade de que as pessoas com quem eu convivo não tivessem um passado. que o ontem, inclusive, não existisse. não que eu não fosse me lembrar do nome nem das relações que tivemos no dia anterior, mas que isso não influenciasse totalmente no modo como vou tratar a pessoa no hoje. não totalmente porque é impossível não ser influenciado, mas que não agíssemos simplesmente na zona de segurança e, em consequência, uma repetição sem fim dos mesmos erros e das mesmas gracinhas (podem ser chamadas também de coisas que funcionam) - já não basta que a eternidade seja uma repetição, as nossas escolhas no chamado presente também tem que ser todas iguais e previsíveis.

venho pensando há alguns dias nas amizades, amigos, essas coisas aí. não me sinto confortável digitando isso. amico, friend, amigo etc. digitei "essas coisas aí" para que pareça menos relevante na vida. acho que eu tenho meio que um trauma disso, amizades. eu tenho uma mania esquisita (que agora achei esquisita, mas no dia-a-dia nem penso nisso e é automático agir assim) de confiar totalmente nas pessoas. não sou burra nem muito boa, mas quando confio não é pela metade. vou lá e puntz: falei tudo da minha vida. já depositei meu coração inteiramente nas mãos de outra pessoa (não estou falando de relacionamentos amorosos), mas o outro (no caso, o chamado amigo) não soube cuidar direito dele. não é uma reclamação. é um alerta para eu não cometer o mesmo erro e para alguém que venha a ler não fazê-lo. isso já foi dito por muitas outras pessoas e é um tanto clichê (e falar isso também é um outro clichê) mas não custa nada repetir: ninguém cuida melhor do que nós mesmos do nosso coração. e não só do coração, mas do corpo inteiro. braço, pâncreas, fígado (esse é importante pra nós, jovens de hoje), mente e tudo mais.

devido ao meu "meio que um trauma", como dito anteriormente, eu tenho uma outra mania que é a de esquecer muitas coisas. um dia percebo que esqueci. (se é que isso é possível). mas várias vezes já me peguei pensando em algo que estava completamente esquecido. quanto mais a gente vive, mais a gente esquece, de tanta coisa que existe na vida. deveria ser tudo muito registrado, ou não, nem devia, acho que tudo existe pra ser esquecido mesmo. imagina se fosse tudo filmado e a gente fosse querer rever tudo? passaríamos o resto da vida num mesmo dia, ou numa mesma semana, ou num mesmo ano, ou nuns mesmos dias bons da vida (sei lá o que é que se acaba lembrando no final da vida). não sei pra que o passado e a memória servem direito, mas acho que é unicamente para a utilização da lógica e das coisas práticas da vida, tais como lista de supermercado, como postar em blogs, se eu junto Q + U + E forma a palavra QUE. e não para serem choradas ou lamentadas, afinal, isso realmente não serve de nada (infelizmente). não lamento tanto por isso porque se servissem, não sobraria mais tempo pra viver.

domingo, 25 de julho de 2010

telegrama e intensidades

estou sem amigos. (me senti melodramática). na verdadica, não sei se estou sem amigos. é que não sei se tenho muitos amigos. mas quando não estou (tão) de férias, me sinto menos só. só, só, sozinha, solidão, pozinho. é um estado mas não um fato. independe realmente da quantidade de pessoas à volta. mas, sei lá, para um ser humano menos evoluído do que, sei lá, ney matogrosso, eu me sinto diferente em determinadas épocas do ano. gosto e não gosto do natal/ ano novo. gosto porque ganho presentes, tem comida boa e o ar fica meio mágico mesmo. mas não gosto porque, diferente de outras pessoas, não me sinto acolhida (no meu natal idealizado, me sentiria assim).

isso tem meio a ver com um negócio que o pai do thiago disse, que a gente tem que viver as coisas de acordo com a intensidade delas. na hora mó concordei e falei pra mim mesma "nossa, isso é mó verdade", mas depois repensei e achei que era só meio verdade. porque quem dita a intensidade das coisas somos nós mesmos. então "depende de nósssss" (música da globo). sei lá, comer um cheeseburguer pode ser tão intenso quanto visitar um templo budista. acho que pra mim e pra outros sagitarianos (principalmente), pessoas volúveis, o que dita a intensidade é a inovação. (gente, tive uma intensidade na vida agora: estava digitando o post e, por algum motivo - acho que foi o meu inconsciente agindo - , fechei a aba do blogspot, sem salvar. como aqui é muito inteligente, ele tem o salvamento automático. só que até reabrir, fiquei no sentimento de pequeno desespero) sendo assim, é fácil e difícil manter-se intenso o tempo todo. fácil porque já sabemos o que fazer para que seja assim. difícil pois tem que ficar buscando coisas nunca feitas anteriormente. fácil porque sou criativa e consigo transformar o sentimento de uma mesma ação (se bem que isso não aumenta tanto a intensidade). difícil porque sou preguiçosa.

o meu EU-preguiça me toma grande parte do meu tempo. o walter (o médico) mandou eu conversar com ele e negociar.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

férias e deus (ou a coisa)

Achei que eu seria mó feliz nas férias e teria posts diários ou dia sim-dia não. Algo mais frequente do que tem sido. Eu teria mais tempo de sobra e, afinal, isso aqui é uma coisa que eu gosto. Mas não. É que eu necessito de questões ou até mesmo deixar as respostas anotadas aqui para não esquecer. E isso provém, principalmente, da escola de teatro. Como estou (meio) de férias, não tem muitas dúvidas existenciais. Explico porque "meio": como dito anteriormente, estou fazendo um curso de férias de interpretação. Porém/ no entanto/ entretanto (lembrei que uma das minhas professores de português falava isso), não estou com muitas dúvidas (da vida). Mentira isso. Mó mentira deslavada!!!!! Que coisa absurda, mentir pros outros publicamente. Ou pior, pra mim mesma, publicamente. Mas já desmenti, estou perdoada. Perdoada nada, porque me disseram que perdão a gente deixa pra Deus. Deus me incomoda um pouco, sabe, porque eu não sei quem é esse cara. Nem sei se é um cara, na verdade. Não sei o que ele significa pra mim, e qual a importância dele. Vez ou outra me pego falando "graças a deus" (aliás, porque colocar em letra maiúscula? quem é essa COISA - vou chamar assim pq não sei se é um ser - que se acha maior que tudo?) e nem sei o sentido real dessa frase.

ENFINS (direto do In on It), acho que tudo bem eu não saber quem é a COISA desde que eu viva. (dei risada agora, porque lembrei de: "o que é vida?" e a cara da Inês, em sequência)

terça-feira, 13 de julho de 2010

1, 2, 3, 4 can i have a little more?
5, 6, 7, 8, 9, 10 i love you

segunda-feira, 5 de julho de 2010

É isso que acontece à noite

1° Ia me encontrar com um antigo amigo, que mora próximo ao metrô Marechal Deodoro. Eu tomei o metrô, mas, como estou acostumada, fui direto ao sentido Vila Madalena, sem pensar. Quando vi, estava na Vila Madalena mas queria ir pro Marechal Deodoro. Ih, agora não dava mais tempo. Como não possuo celular, não consegui avisar. Já tinha passado uma hora do encontro e eu não tava conseguindo achar o sentido correto.

2° Tive que fugir de casa pela janela, fui descendo os andares me segurando nas partes que davam, que tinham um relevinho e que minha mão encaixava. Fui descendo, eu tava bem lá em cima. Não lembro porque tive que fugir, mas acho que era alguém que tava querendo me pegar. Aí saí correndo pra pegar o metrô, mas tava sem grana. Cogitei a possibilidade de pedir pra alguém na rua, mas não fiz. Aí desencanei de pegar o metrô.

3° A humanidade estava presa no metrô. Parecia que ia haver, sei lá, uma renovação de pessoas, ou testes com o ser humano (tipo implantar chips, essas coisas). Não faço ideia quem comandava isso. Sei que era a maior loucura. Vez ou outra encontrava um conhecido no caminho, mas como havia muita gente, acabei me perdendo de todos. Caminhava junto com as pessoas que mais prezo, mas na ânsia de tentar escapar daquele lugar ou saber o que estava acontecendo, tomamos rumos diferentes. Combinamos de encontrar mais tarde, mas não lembramos quão lotado estava o lugar e que dificilmente nos reencontraríamos. De repente, eu estava em cima de uma plataforma, junto com outras pessoas. Aí queria descer, mas sabia que ninguém poderia ver. Eu desci, e vi que não podia pisar em determinadas partes do chão, pois continha uma substância líquida avermelhada e tóxica. Eu acordei, num sobressalto, me relembrando de tudo. Eu tinha lembrado! Eu era mais jovem. Estava numa casa esquisita, e quando vi a pessoa que dizia ser minha mãe (havia do lado dela duas outras crianças, totalmente ausentes) gritei: "Eu sei de tudo! Eu me lembro do dia do metrô!" Ela me olhou com cara de aterrorizada, seus cabelos avermelhados chamavam muita atenção. Ela chamou rapidamente pelos seguranças. Veio só um, vestido de preto, correndo atrás de mim. Fugi.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Tumblr

Que coisa triste. Achei o tumblr (não vou colocar o link aqui porque é um pouco de desrespeito com o meu blogspotinho). E achei o tumblr mais bonito... Assim: visualmente, esteticamente, mais bonito. O que fazer com os posts de até então daqui? Lógico, não vou apagá-los.
Gente, estou apegada a um blog. Que coisa. Eu que achava que não era apegada a coisas materiais, tenho sentimentos a um negócio que nem posso tocar de verdade. Posso ver, mas não consigo sentir o cheiro dele, nem a textura... (sempre penso como seria se fosse cega e depois de repente conseguisse enxergar - tenho certeza que daria muito mais valor à visão)
Enfim...não quero que ele fique abandonado, assim como outros os meus blogs anteriores.

A ideia inicial era de criar um portfólio no tumblr. Mas sei lá, portfólio meio de cu é rola pra mim. Ah, não sei se me sinto "preparada" pra ter isso. Nem sei se precisa se sentir preparado (por isso coloquei entre aspas) pra ter um. Sei lá, esse negócio de se autopromover não é comigo. Falar que sou atriz (meio-atriz), que sei falar inglês, que sei lutar taekwondo e tai chi chuan e boxe. Sei lá eu mesma se eu sei fazer essas coisas. Queria ter alguém que fizesse essas coisas pra mim. Bem mais fácil, né? Os outros dizerem o que eu sou do que eu mesma. Eu posso dizer o que já fiz, mas não posso dizer a qualidade do mesmo. Quem diz isso, no final das contas, é quem vê. Acho que vou criar aos pouquinhos esse tal portfólio.

Voltando ao assunto anterior, queria um blog lá também, mas não acho que terei assunto suficiente para os dois. Vou ter que optar por um. Ou então, posso dar prioridade às fotos no Tumblr (não basta fotolog, orkut, facebook; tenho que estar em todas as modas virtuais).

tchau, tenho que ver um filme.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

O que foi não é nada, e lembrar é não ver.

estou no meu direito de reclamar em gromelô:

mauvybene vémajvuerk, einv iasunaoc kwnevm, airybname vw wufjv e eobja doptgntgoeo mwjheryfmv,x frirkvv e eubbm as akrpgmbsui y9wpo aç,bjisadsaidjpksdtsdg ml, segsafm safuhfsayh7 ygic nkew m,ecu8cxyg8dsnds .cm xuicxuidsjwa sadjvcyu9cudel ef sdfmiv9 8hvcg8yu ffçlk swnq320 9uwq89dsvhc vm cmklfxh ggfesdajn vjofdip oretrji0eaasijdsnb vgjhgdvs dsvjkjdd me8u9etehd, kjdh j ssrbii q wnfuyvuz iusdhd dd ojdhdhd kfjkfnf !!!!!!

tradução: cu, cu, cu, cu, cu, cu! Ai caralho, dormi mal e acordei de cornos virados. Estou de cornos virados desde ontem à noite. O que aconteceu? Uma súbita percepção de que o semestre acabou? Ou simplesmente um mau-humor insuportável, uma hiper-sensibilidade? Devido a o que? O que aconteceu? Estou ansiosa porque a minha cachorra está no veterinário sendo castrada? Ansiosa por causa do curso que farei (Jogo Cênico com Renato Andrade)? Triste porque o Japão foi eliminado? Com raiva porque o Thiago escreve português muito errado e não aceita correções? Brava porque acordei com uma britadeira na minha cabeça? Viva os dias que dão tudo errado! Ufa, passou. "Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!"

Gostaria de culpar a TPM ou os astros. A primeira não rola. Não estou na época. A segunda até posso, já que meus trânsitos astrólogicos no Personare pedem um recolhimento total. Mas não, vou me culpar e pronto. A culpa é toda minha. Culpa, sei lá se acredito de verdade nisso. Acho que não. Disseram aqui "coitado do Thiago", numa conversa instantânea (assim como a sopa Vono e o Nescafé) quando avisei que estava de mau humor.

Tô com fome!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

camelo

Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que eu já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade

num deu pra tocar e cantar simultaneamente :(

sábado, 19 de junho de 2010

nãos e sims

oi. coloquei layout novo no blog. o blogger criou essa possibilidade e eu achei legal. gostei, mas ainda não tenho certeza. essa imagem de fundo é super colorida, cansa a vista. mas eu escolhi porque é o que eu sinto de mim várias vezes, tudo numa confusão só.

chegou mais um final de semestre. apresentamos a peça nos dias propostos, agora só falta o Indaquianas, que será no dia 26/06, mas só uma parte da peça. serão pequenas mostrinhas de todos os espetáculos realizados no semestre.

Não sei como me sinto (em relação ao semestre, incluindo o término dele). Não estou alegre, triste ou aliviada. Me sinto pronta para descansar um mês e iniciar um novo processo. Gostaria, sim, de fazê-lo novamente, dessa vez a partir da pessoa que me tornei. Gostaria, mas não será assim. Eu gosto também da ideia de ter um novo diretor. Sou fácil, gosto de muita coisa. Não gosto de sentir dor de cabeça e desânimo pra continuar a vida. Essas coisas têm sido um tanto frequentes. Eu não sei direito o que fazer para não senti-las. Nos momentos de ação, eu trabalho para que elas não voltem. Não queria escrever "trabalho". Porque cuidar de mim não é um trabalho. É um dever. É primordial pra vida. Cuidar-se, cultivar-se.
Me percebi escrevendo muitos "não's" no último parágrafo. Não queria escrever tanto, mas nem tudo se baseia no que eu quero. Às vezes sou o que não gostaria de ser, também. Parte de mim quer que eu seja, parte não. A minha parte que quer que eu continue escrevendo tantos nãos pra descobrir o porque de tanta negação. A parte que não quer que eu continue sendo assim é porque sabe que é a partir dos sims que eu vou me permitir ser livre. E agora? Que dúvida! Continuo escrevendo nãos ou decido não escrever? Ambas opções tem não. Quero uma com sims.


Talvez eu esteja um pouco triste. Ah, junto com o fim das apresentações desceu a minha menstruação. Ela quer renovar um ciclo. Jogar agora tudo de ruim de dentro de mim para eu ser novamente um branco, um zero. E eu tô nesse momento, de liberação. Tem a ver com a tristeza e a apatia. O corpo fica mole, meio doente, não quer responder. Qualquer movimento cansa ou doi. Não deve ser uma visão agradável para qualquer um a minha menstruação. "mas é o que é, e é assim é que é" - Alberto Caeiro

Não fui no Tai Chi hoje. Eu tenho gostado cada vez mais de fazer. Me sinto muito bem. Mas hoje não fui, porque o corpo não quis. Queria ficar quietinha. Às vezes quero ficar quietinha, aliás, a maior parte do tempo quero. Não quero muito falar, acho que não faz sentido, que o que falo é sempre pra mim e não pro outro. Por isso tem vezes que quando quero falar algo para alguém, escrevo, ao invés de falar. Tudo é a minha visão das coisas. Se fosse você que estivesse falando, seria a sua visão das coisas. Não sei porque minha visão interessaria. Pode ser que eu atrapalhe falando. Pode ser que eu ajude também, mas eu prefiro me abster. Prefiro falar quando pedem que eu fale. Melhor, assim não corro o risco de atrapalhar. Engraçado porque do outro, do outro, eu queria que o outro falasse tudo, tudo mesmo. Todas as impressões.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Joana d'Arc


é esquisito ficar ansioso no dia da apresentação. é ter medo de pessoas. é como se a gente fosse mostrar um lado nosso que a gente quisesse esconder. como se a gente pudesse esconder algo... fingir dá - tanto que esconde quanto que não vê - mas esconder de fato...é possível?

parece que vou vomitar a qualquer momento o coração. aí ouve música, faz tai chi, pula, soca, bate, grita...acalma um pouco mas depois volta. o que tem que fazer é entrar em cena tremendo. de perna, mão e voz bambas.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Narrador

Ontem vi o narrador da turma da anna (é o exercício de interpretação do segundo semestre do Indac). Chamo de turma da anna porque ela é uma das pessoas mais próximas de mim daquela sala. Em segundo lugar, poder-se-ia (nossa, sempre quis usar essa ... como é o nome mesmo? bom, vou chamar de recurso, já que esqueci o nome. sempre quis usar esse recurso da língua portuguesa) chamar de turma do beto. Aliás, ambos foram especiais para mim. Entre outros, é claro, achei a turma muito boa, num âmbito geral. Me emocionei diversas vezes. O que eu gosto na anna é que tudo dela tem muito coração. Eu consigo ver todas as entranhas dela. Ela não esconde nada! Eu consigo ver o lado mais fraco, o lado forte. É totalmente 4D. Isso é uma das coisas especiais do teatro. Ele é 4D às vezes. O que eu gosto no Beto é que ele não tem medo. Não tem medo de ser. Eu aprendo muito com referências boas de como ter uma existência mais tranquila.

Teve uma hora que eu fiquei com vontade de me esconder. Fico me perguntando como as pessoas têm coragem de se enganar tanto. Eu pergunto pra mim mesma, mas eu não sei responder. Se eu reconheço é porque também passa por mim isso. Como eu também tenho coragem de ser assim? Não sei. Fiquei com vergonha. Mas ter coragem de ser assim significa que eu tenho coragem. É reconfortante saber que tenho coragem. "não ensines o que não sabes"




nossa, por que eu não consigo entender simultaneamente as coisas que eu faço? fazer e entender, fazentender, fusão. blá.

sábado, 5 de junho de 2010

medidas

hoje eu tava na aula de tai chi...
e eu pensei que tudo na minha vida é médio: eu tenho estatura média; não sou nem gorda nem magra, tô na média; sou meio bonita, meio feia; sou meio atriz, de acordo com o curso: tô no terceiro (de seis) semestre; eu sei os passos do tai chi pela metade; sei cantar na medida; sei dançar na medida (nesse eu acho que tô mais pra ruim); toco violão mais ou menos; sei fotografar na medida; sei pintar mais ou menos; escrevo na média também; sei ler tarot mais ou menos; ... entre outras coisas. não vou ficar falando tudo. é muita coisa que eu sou na média. o negócio é: eu não quero estar na média, ser mediana, medíocre.

eu não quero, mas eu acho que eu sou. fiquei um pouco incomodada. por ser metade das coisas que eu poderia ser inteiramente. eu acho que o meu DESEJO de ser tira a possibilidade de eu ser mesmo. ou não. ou talvez o percebimento me traga uma ação de reversibilidade desse negócio de estar na média.


acho que é que tá chegando na hora de afunilar... eu já conheço algumas coisas, e talvez esteja chegando a hora de selecionar para onde irão os meus aprofundamentos.

ai, que medo de viver pela metade.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

não espere de ninguém, nem desespere.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

faça mais tricot.

a ideia da busca incessante pela felicidade é um lixo! a busca por qualquer coisa é um lixo. a gente fica buscando, buscando e se esquece que as coisas estão muito mais perto da gente do que a gente pensa. de verdade. a felicidade não está em um carro, um corpo ou um diploma desejado. a merda da felicidade tá em escrever no blog, fazer tricot ou seja lá o que te fizer feliz. nem ser feliz é importante. felicidade é uma das coisas que a gente pode ter por um curto prazo de tempo. e que vai e volta. o que importa mesmo é ser. ser. existir. viver. permitir-se. ser feliz às vezes, ser triste, ser ranzinza, ser sensual, ser feio, ser gordo, ser magro, tudo no mesmo corpo, na mesma vida, pode ser até no mesmo minuto. por que a gente esquece disso? por que a gente se apega a alguma coisa? por que a gente espera ser sempre igual? POR QUE a gente quer mostrar que somos super legais, sendo que todo mundo sabe que ninguém é santinho e que todo mundo já sentiu inveja, ódio, raiva e esses sentimentos chamados ruins. é tudo sentimento, meu. qual é a dificuldade, qual é o problema em ser livre? :-)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

mudanças? condicionamento?

Fiquei achando que mudar às vezes era desnecessário. Não é desnecessário a palavra. É indiferente. Porque se faz tão sempre os mesmos caminhos, que o ser em questão sempre sabe o final daquela escolha. Ou seja, nem uma mudança é de fato, já que é algo condicionado. Então mudanças são legais! Que lindo! Eu gosto de mudanças (mas gostar de mudanças inclui também não gostar delas)! Se eu costumo ir sempre por um mesmo caminho, eu vou escolher ir por outro, já que eu sei o final do primeiro. Parece banalização da vida, mas tem coisas que a gente meio que sabe o final delas mesmo. Mas só porque os seres humanos estão condicionados. E eu estou condicionada a pensar que eles estão, portanto acho que sei o tipo de reação que eles terão diante de determinada ação minha. Seria legal se, um dia, eu desse um cumprimento (lê-se bom dia, boa tarde, boa noite, oi etc) pra alguém e esse alguém me desse um soco na cara. Ia doer bastante, mas acho que eu ficaria feliz porque pelo menos aparentemente aquela pessoa tá acordada pra vida!


vô colocá uma foto porque faz tempo.
sou eu! na aula de câmera, pós a cena de striptease do Closer. a Paula que tirou. Eu mó gosto da paula, não só mas também porque ela toca flauta e eu gosto.

sábado, 15 de maio de 2010

sagitário

tô começando a entender porque sou assim. posso colocar toda a culpa no signo? hahaha.

SAGITTARIUS - The Promiscuous One
Spontaneous. High appeal. Rare to find. Great when found.. Loves being in long relationships. So much love to give. A loner most of the time. Loses patience easily and will not take crap. If in a bad mood stay FAR away. Gets offended easily and remembers the offense forever. Loves deeply but at times will not show it, feels it is a sign of weakness. Has many fears but will not show it. VERY private person. Defends loved ones with all their abilities. Can be childish often. Not one to mess with. Very pretty. Very romantic. Nice to everyone they meet. Their Love is one of a kind. Silly, fun and sweet. Have own unique appeal. Most caring person you will ever meet! Amazing in bed..!!! Not the kind of person you want to mess with- you might end up crying.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

minha cabeça sem linha de raciocínio

Esse negócio de ego mexe muito com a gente. É engraçado, mas mexe. Nas pequenas coisas. E a gente acaba não querendo assumir que é o ego falando. A gente fica dando desculpa. Mas pode ter certeza que quando a gente dá muita desculpa é ele que tá falando.

Ô minha gente, eu repito todo dia pras pessoas que o que importa é ser humano. Quando eu falo isso eu tô falando pra mim, principalmente. Pra mim essa é uma das coisas mais importantes da vida. Porque a gente se esquece o tempo todo de ser humano e quer ficar sendo boneca, robô, animal, menos ser humano. Se fosse pra ser perfeito, a gente nascia, sei lá, planta. Aliás, do ponto de vista do ser humano, nem planta é perfeito. O ser humano espera muito de tudo. E é tudo muito menos. A perfeição, pra mim, é a imperfeição. Dá pra ver beleza em qualquer coisa, até mesmo num pneu da minha barriga (sei lá, os fissurados em gordinhas devem achar extremamente sexy). É doido esse negócio de perfeição e outras coisas, pois elas parecem ser algo muito maior do que elas realmente são, como se estivéssemos totalmente longe delas. Mas não, é muito mais fácil do que a gente pensa atingir as coisas que o ser humano foi feito pra atingir aqui no mundo, no planeta terra, na vida individual de cada um.

É muito doido (também) parar pra observar o jeito que cada pessoa escolhe viver. Fico em dúvida se são realmente escolhas ou se as coisas são todas pré-estabelecidas de acordo com o quão manipulável a pessoa é. Eu sempre achei que eram escolhas, pois sempre existe mais de uma opção e ninguém é obrigado a aceitar nada, apesar do ser humano ser bem condicionado a viver do mesmo jeito o tempo todo. Mas vai que a pessoa é, digamos, um sagitariano aventureiro (isso chega a ser uma redundância) e opta pelo inesperado? Até isso seria esperado, já que é da característica do sagitariano?

Não pode pensar muito nessas coisas, senão a cabeça funde. Eu acho que a melhor opção da vida é viver. Ser espontâneo, usufruir o máximo de tudo, já que elas acabam instantaneamente.

sábado, 8 de maio de 2010

noite de sonhos

Tive pesadelo noite passada. Eu morria. E via uma das pessoas que mais amo desesperada. Com uma cara de horror, gritando e com o olho todo vermelho, cheio de lágrimas. Foi uma das imagens mais medonhas da minha vida. Espero sinceramente que eu não tenha que ver essa cara na vida real. Acordei catatônica. E chorava e não conseguia falar. Fiquei em estado de passividade durante um bom tempo. Em seguida fui acender um incenso e fiz uma reza. Eu conversei um pouco com a árvore que eu consigo ver da minha janela. Depois, felizmente, consegui dormir de novo. Essa semana é a de observar a natureza e as pessoas como se não fosse desse planeta. Eu sonhei que a árvore entrava pela minha janela e me envolvia, como se estivesse me acalentando. Foi reconfortante. Obrigada, árvore.

"Origem do poder, pai da sabedoria, fonte da corrente da vida, eu vos homenageio. Preciso mudar, me transformar. De criatura impulsiva, devo me tornar um ser de vontade iluminada. Transformai-me, ó mágico senhor de minha alma! Trazei para a minha personalidade o lampejo do raio Divino para que eu possa despertar para a consciência da minha autêntica natureza. Eu era um homem, agora serei um Deus." Eu era da Terra, agora junto-me às estrelas. Eu vos saúdo, sol do firmamento da minh'alma! Sou vossa luz, sou vosso amor, vossa sabedoria e vosso poder.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ação!

Descobri que não tenho grandes questões. Isso aconteceu ontem, durante a reflexão conjunta após uma semana da fricção de ação, cujo objetivo era solucionar todos os "problemas" pendentes no momento da lembrança dos mesmos. Elas podem ser grandes no momento em que acontecem, como por exemplo o laço refeito com o meu pai (apesar que essa só percebi que era grande depois), e depois tornam-se não banais, mas pequenas. Engraçado. Eu já falei sobre coisas grandes, pequenas e médias aqui no meu blog. Pensando melhor, elas não se tornam pequenas. Elas se tornam coisas, simplesmente. As coisas que elas são, sem tamanho. Eu estou em dúvida: se eu realmente não tenho grandes questões ou se as coisas não têm tamanho.

Um exemplo: muitas pessoas têm problema de dinheiro. De terem que trabalhar e no fim do mês o salário não deu conta. Eu vejo (e acredito que elas também) como um problema grande, até. Mas eu mesma, nunca o tive. Então eu não sei direito como é. Idealizando o acontecimento, eu o vejo como um problema grande.

Acho que depende de como a gente leva. A vida mais ou menos a sério. Ocasionalmente, palavras do Daniel Radcliffe (sim, o Harry Potter) me vêm à cabeça. Ele falou um negócio que me deixou muito feliz e foi meio que uma revelação. Sobre rir de si mesmo. Segue abaixo o vídeo:

terça-feira, 4 de maio de 2010

blá, blé, bli post aleatório

alô vocês. eu não tenho nada de grandioso a compartilhar. não que nos outros posts eu tenha feito. mas no momento, eu não penso em nada específico.

bom, vou colocar uma coisa do Osho que li no facebook:

É dos outros que você obtém a idéia de quem você é. Eles modelam o seu centro. Mas esse centro é falso, enquanto que o centro verdadeiro está dentro de você. O centro verdadeiro não é da conta de ninguém. Ninguém o modela. Você vem com ele. Você nasce com ele.






viva nat hoje a gente vai se ver!!!!!

a palavra foto existe? ou é a forma reduzida de fotografia?

domingo, 25 de abril de 2010

Crítica: As Críticas

Eu sei um monte de coisas na teoria. Um monte. Mas quando eu descubro que as coisas na prática sao como disseram que é na teoria, fica muito mais legal (eu fiquei repetindo esse início enquanto estava no banheiro escovando os dentes para não me esquecer do raciocínio que eu queria chegar, mas como o pensamento flui muito mais rápido do que os dedos ou que a mão - no caso da escrita à mão-, acredito que algo sempre se perde - eu sou ótima em criar parênteses maiores do que o texto em si).

Voltando ao assunto anterior, eu estava falando de coisas na prática e na teoria. Eu ouvia muitas vezes pessoas falando que críticos são pessoas frustradas. Por exemplo, crítico de cinema é diretor de cinema frustrado, crítico de teatro é ator frustrado, essas coisas. Ai, esqueci que conclusão eu queria chegar com isso. Antes de qualquer conclusão (ainda esquecida), queria falar que eu não concordo com isso (de crítico ser alguém frustrado), mas eu entendo porque dizem isso. Mas quem diz isso é quem não sabe ler crítica. Tem que ter em mente que é uma opinião. Não é algo definitivo para o mundo. Pode ser algo definitivo para aquele ser humano - para os mais cabeçudos - e pode também ser mutável para aquele ser humano - para os mais inseguros.

Eu pensei nisso porque entrei no Omelete (o site que eu faço a programação de cinemas e já fui um dia estagiária) e li a crítica do Alice no País das Maravilhas e, vi aquele monte de comentários negativos sobre a crítica. Aí eu fiquei um pouco brava, mas passou logo, já que também senti um pouco de vontade de expor a minha opinião sobre a coisa.
Apesar de eu não ter visto ainda, a vontade de ver não passou e eu não me importo que o filme seja só visualmente lindo, nem que o 3D seja utilizado somente para objetos arremessados. Por ser o segundo filme em 3D que verei, acho que ainda não será mais do mesmo, já que é outro diretor. Aliás, um dos que mais gosto. Outro aliás: não é outro diretor, é o Tim Burton. Falei que não me importo que o filme seja só isso, já que eu pressuponho um roteiro no mínimo bom, dados os anteriores.





Acho que uma crítica deve ser feita com consciência da proposta da obra. (sei que pessoas como a priscila pediriam um "desenvolva", depois dessa frase, mas acho que tô com preguiça, e acho que nem sei muito bem o que ela significa - tô doida!!). Tá, vou tentar explicar - quem já entendeu, não leia, pois não sei se conseguirei me expressar bem: consciência da proposta da obra é saber para o que a obra serve, saber o que o diretor quis mostrar de novo em seu trabalho. No caso de Alice, pode ser uma evolução na parte visual - cenografia, figurino, maquiagem - e também na parte de atuação - acho que o Johnny Depp e a Helena Bonham Carter devem estudar bastante (eles parecem ter o lado apolíneo, mesmo com essas caras de malucos). Eu não acredito que o Burton, o Depp ou a Helena tenham tido crescimento 0. DUVIDO! DUVIDE-O-DÓÓÓÓ. Acho sim que as pessoas tiveram muita expectativa sobre a coisa, talvez devido a repercussão que teve e acabaram se decepcionando.





Acho que um dos motivos que saí do (o) - isso é um omelete- é porque eu sabia que não iria crescer - eu não falo inglês fluente ainda e eu não quero escrever críticas - talvez porque eu faça parte do grupo de inseguros e não tenha uma forte opinião sobre as coisas, ou por preconceito mesmo, de achar que crítico é frustrado.



- olha lá quanta insegurança! eu acho um monte de coisas, mas ter certeza mesmo, eu não tenho. Eu quero mesmo que as pessoas me digam o contrário e me deem argumentos, para que eu possa repensar tudo, tudo.

sábado, 17 de abril de 2010

paciência

eu ando um pouco sem paciência com seres humanos não objetivos. como se o meu tempo fosse preciosissímo e não quisesse descartá-lo com qualquer coisa. hoje marcaram ensaio extra-aula depois do tai chi, lá para umas duas da tarde (o tai-chi acaba meio-dia) e a princípio eu disse que iria ficar, mas gostaria mais se alguém ficasse lá a partir do meio dia mesmo, para eu não ficar esperando duas horas. só que no final eu não fiquei, já que tinha poucas pessoas mesmo e elas tinham preferência às duas. eles disseram que se eu ficasse ensaiaríamos naquela hora mesmo, com uma pausa apenas para comer algo, mas eu achei melhor não. eu queria vir para casa, almoçar em casa, ficar bem quietinha, no aconchego do meu quarto, estudar no meu tempo, fazer tudo do meu jeito. engraçado, logo no início do indac eu sentia que a minha casa era mais lá do que aqui.hoje em dia não. eu me sentia acolhida, querida, amada. hoje eu não sinto muita vontade de socializar. dá uma preguiça, sei lá.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

show de truman

quando eu era criança eu costumava fazer isso o tempo todo. aí, com a entrada da adolescencia, eu parei de fazer isso naturalmente. aí eu vi o filme e deu uma piradinha. depois os pensamentos cessaram de novo. agora eu pensei de novo. eu pensei que algum dos alunos da minha sala do teatro poderia estar simplesmente lá testando as pessoas, para ver como elas agem. é legal pensar nisso, cada vez pensando em uma das pessoas. nós somos facilmente manipulados. essa história dá pano pra manga.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

o silêncio

escrevi pra minha mãe: VOTO DE SILÊNCIO.
ela perguntou: está de luto?

respondi com a cabeça que não e pensei: o silêncio é branco.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

não se esqueça de mim

thi, essa é meio pra você, te amo.

(juro que vou aprender a tocar e cantar bunito pra câmera um dia)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

exposição

às vezes eu tenho vontade de me fechar, fechar, fechar. e eu faço exatamente o contrário. eu meio que me obriguei a me abrir, abrir, abrir (sem piadas de duplo sentido, por favor) - o tempo todo, em qualquer caso, pra ver se eu morro. se eu morro por estar com o coração exposto. isso dá um nó no meu cérebro, um pouco até de angustia, uma contradição, um mini curto-circuito. como se o meu eu, digamos pessimista ficasse o tempo todo me falando "se fecha, se fecha que vai ser melhor para você" enquanto o meu eu, digamos otimista pedisse para ficar aberto à tudo que vier. não que tudo seja bom ou ruim, não. não existe bom ou ruim, certo ou errado. talvez eu até tenha trocado as palavras "otimista" e "pessimista", talvez elas devessem estar ao contrário. não porque não sei o significado delas, mas porque pode ser tudo, foi só um nome que quis dar para exemplificar. e nem acho que sejam tão precisos assim. isso não é da boca pra fora, é concreto. não existe. existem fatos e eu quero estar aberta para que eles aconteçam. tem alguns que me alegram. tem alguns que me fazer pular de euforia. tem alguns que não causam nada. tem alguns que me doem. tem alguns que me doem MUITO, a ponto de eu não querer estar aberta a eles por achar que eu posso morrer. me disseram que se morrer enterra. eu ainda não entendi o significado total dessa frase. na verdade, talvez ela não tenha um significado além desse mesmo. mas eu não entendo ainda o motivo pelo qual eu morreria de dor. tipo, porque se morre de dor? na verdade, eu estou cogitando a possibilidade de alguém morrer de dor. alguém morre de dor? eu hoje senti uma dor emocional mas que era física também. era como um estômago embrulhado, um peito fechado, uma garganta com nó, tudo ao mesmo tempo. eu acho que essa sensação é comum a inúmeras pessoas, já que muitos usam essas expressões. ou talvez a usem de maneira metafórica, sei lá. eu nunca tinha sentido essas coisas até bem pouco tempo atrás. eu achei que fossem simplesmente expressões para tentar traduzir o estado. mas não, são de verdade. as dores físicas de dor no peito, estômago embrulhado e garganta com nó realmente existem. dá mesmo que esse negócio, meio que querendo vomitar, mas ao mesmo tempo sem conseguir, já que tá tudo preso e encravado. nossa, é esquisito. eu senti isso quando saí da aula do frin. eu escrevi no twitter e repito aqui, descrevendo um pouco mais. "eu saio das aulas de montagem desse semestre meio sem energia vital. querendo chorar, sumir, virar pó. acho que tô fazendo algo errado." eu saio. e aí eu quero chegar logo em casa, pra ficar sozinha, acho que um pouco me esconder. aí a vontade de chorar passa. a vergonha de mim passa. eu acho que é isso, eu acho que eu tenho vergonha de mim. talvez vergonha de eu ser quem eu sou, talvez vergonha de mostrar quem eu sou. mas eu me mostro pros outros? ou eu só mostro a minha capa, ou coisas que eu sei fazer, ou finjo saber? ou a ideia simplesmente de me mostrar me causa vergonha e consequentemente, bloqueio? eu nem sei direito qual é a minha verdade. mas isso não acontece durante a aula, acontece só quando acaba. eu fico meio esgotada, meio acabada. talvez eu esteja usando de mim mais energia do que existe. é possível? é possível sair normal da aula?


se você leu até aqui, por favor, leia o post abaixo também. ele ficou muito pouco tempo em primeiro e todo mundo tem que ler a minha primeira poesia publicada conjunta. #^.^# (isso é uma carinha com bochechas rosadas de vergonha)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

água de côco (é ruim mas faz bem)

(a anna disse que o título da poesia deveria ser

Gato escaldado tem medo de água fria)


música - cheiro de torta de limão

vida - sorvete de grama molhada
quem me dera

saber onde o vento faz a volta
ter coragem de olhar para trás
quem é capaz?

de saber quem é
fazer o que quiser
quem vencerá

as lágrimas de tinta
dos olhos ocos
volta e vinda
muito e pouco



poesia conjunta. nossa. minha e dele.
não conseguimos musicar ainda. um dia vai?

terça-feira, 30 de março de 2010

obrigada

eu senti uma sensação de euforia, alegria, libertação por poder falar tudo. ir falando, falando.aí pedia pra parar e fechar os olhos e eu queria continuar falando. eu teria assunto por mais uma, duas horas, acredito. depois quando chegou na hora de falar pra você, eu chorava, chorava, chorava. eu não sei exatamente porque. como se algo tivesse tampando a verdade, eu não consegui e não consigo enxergar o por quê. (talvez seja simplesmente de emoção, talvez seja de uma pontadinha de tristeza) mas eu continuava falando e falando. eu só falava coisa boa. eu falava o quanto tinha aprendido, não sabia se por mérito seu exatamente, mas como a vida era fácil ao seu lado. antes já tinha sido também, mas eu tinha passado por uma fase esquisita e talvez tivesse me esquecido de como tudo é mais fácil do que a gente pensa. sei lá, é ir, ir, ir, ir. eu falei que a gente brigava, mas como era irrelevante tudo isso diante de todo o resto da gente. a gente, assim, a energia entre a gente. isso existe mas eu não sei explicar direito.

olha, às vezes você ocupa espaço demais na cama e eu me sinto sufocada, aí vou dormir no sofá da sala. mas quando você não tá, é incrível como tudo fica mais vazio. eu amo você e é suficiente.

aí eu parei de falar pra você, de repente, quando lembrei que queria falar com outra pessoa. falei.

depois eu agradeci. e agradeço, agradeço. obrigada. obrigada.


logo menos vou postar uma música que tem tudo a ver com agora: Little Wonders.

let it in,
let your clarity define you
in the end
we will only just remember how it feels



sexta-feira, 26 de março de 2010

relações familiares, o amor e a vida (para variar)

Há menos de um mês (sou ruim de memória e não consigo perceber o tempo exatamente - algumas coisas passam rápido e outras devagar) mandei uma carta para o meu pai no Japão. Ele me ligou nesse último fim de semana. Foi uma conversa tímida, recheada de pausas. Mas foi gostosa. Eu queria ao mesmo tempo desligar, pois achava que estava parecendo chata e não sabia muito bem o que falar, e que já estava há muito tempo falando e gastando dinheiro...e ao mesmo tempo queria ficar lá pra sempre, tentando saber de tudo que aconteceu com ele desde o meu nascimento. Porque antes eu era pequena demais para pensar nos sentimentos dos outros, e desde o momento em que me tornei capaz de fazê-lo ele já estava longe. Mas depois que desligamos (a ligação caiu depois de dez minutos, na verdade), eu me senti feliz. Tranquilamente feliz. Eu achei aquele começo de laços refeitos muito bonito. Bonito suficiente até para pensar que isso poderia se tornar uma cena (de um livro, filme, texto teatral, peça, tanto faz).
Eu não posso dizer que eu sou muito amorosa dentro da minha família. Eu não sou. Eu não falo "eu te amo" pra minha mãe nem pra nenhum parente. (às vezes mando de forma impessoal, por e-mail). Mentira. Eu falo, pro meu primo. Mas só falo porque ele se manifestou primeiro. Esquisito. Eu não penso muito no amor. Se eu o sinto. Eu não fico pensando se estou amando. Acho que eu sou egoísta. Eu diria agora "como todos os seres humanos", mas vou me abster e falar apenas de mim. O que eu sou e o que sinto, porque é só o que eu sei, na real. Voltando...eu acho que eu sou egoísta por não ser mais carinhosa com as pessoas. Eu fico pensando se não vai soar falso caso eu fale, e banal. Não "eu te amo" unicamente, mas elogiar, falar bem. O reflexo de acordo com "eu amo mariazinha, eu amo tal banda, eu amo tal filme, eu amo tal ator, eu amo tudo e quero gritar isso para o mundo para todos saberem que eu amo" faz com que eu quase não me manifeste para com quem eu amo. A menos que a outra pessoa se manifeste primeiro. Eu não gosto de ver pessoas falando exageradamente que gostam de tudo para ter em troca esse "amor desesperado". Eu acho nojento.


Um dia você vai ver. Eu vou te liquidar. Mas te liquidar. Você vai rastejar diantede mim, putinha. Vai me lamber os pés. A vida podia ser tão bela, a dois. Tão bela. Você vai descobrir um dia. Mas aí será tarde. Demasiado tarde. Ouve bem - eu me vingo de você.

Lágrimas Amargas de Petra Von Kant - Fassbinder






eu não sei, não consegui transpor exatamente do jeito que queria o que estava pensando. em um outro momento e outro sentimento, eu tento de novo.

quinta-feira, 25 de março de 2010

o trânsito no emaranhado dos fios da cyberspace

o trânsito nos fios da cyberspace
o trânsito no emaranhado dos fios da cyberspace

imagina se tivéssemos de ficar loucos e participar do envio de um e-mail.
eu queria saber desenhar para conseguir reproduzir essa imagem na minha cabeça. é como o trânsito de são paulo na hora do rush, mas ao invés de carros, seriam fios emaranhados. um cérebro. com fios coloridos. uma coisa ligando a outra, e cada um de nós é uma extremidade do fio querendo chegar na outra. cada e-mail, cada post de blog, cada tweet. nesses dois últimos casos, os fios seriam com pontas infinitas (assim como cabelos com pontas-duplas), já que é enviado para o mundo.

queremos desesperadamente gritar quem nós somos, o que queremos e o que sentimos. no fim, ninguém ouve nada, diante de tantos gritos. a necessidade e a vontade às vezes fazem a gente se afastar das pessoas, e não nos aproximar, como desejado. a vida é ao contrário. ao contrário do que as pessoas costumam nos contar que é. é muito, muito, muito menos. não a vida, a vida é mais, os fatos da vida é que são menos. a necessidade de falar (ou seria auto-afirmação?) atrapalha. fala bem baixinho. fala bem baixinho. depois de um tempo nem precisa mais falar. é só olhar. a cumplicidade vem, o entendimento vem. tudo que a gente tem vontade de falar bem alto é pra mascarar a verdade. por que a gente tem vergonha do que é? as coisas chamadas ruins, todo mundo tem. e todo mundo sabe que todo mundo tem. então pra que escondê-las? por que a busca pela perfeição? a perfeição é ser. é ser imperfeito, é permitir-se ser tudo e nada. qual a graça em não ser assim?
não me lembro se ele (o brecht) empregou com esse sentido, mas é meio que primeiro compreensão da parte (de si mesmo) e depois compreensão do todo (o mundo!). aqui pr'ali, cá pra lá.




(eu tomei muito café hoje de manhã)




tudo que se vê, pra que crer?
tudo que se crê, pra que ter?
tudo que se tem, pra quem?

quinta-feira, 18 de março de 2010

coisas pequeninas, grandes ou médias.

as coisas pequeninas não são ou não precisam necessariamente serem pequeninas. nem as grandes são grandes, nem as médias. as coisas mesmo não precisam ser coisas. elas podem ser, mas elas não precisam ou são nada.
mas elas existem. a gente sempre determina qual o tamanho das coisas: pequeninas, grandes ou indiferentes - acho que as indiferentes são as médias.
tem um problema: quando duas (ou mais) pessoas estão envolvidas numa mesma coisa e elas pensam nela de tamanhos diferentes.

boa parte das pessoas, realmente, pensa nas coisas da mesma forma, do mesmo tamanho. mas é preciso saber que nem todo mundo pensa como a maioria. aliás, eu acredito que em algum ponto uma pessoa sempre vai pensar num tamanho diferente da outra. nem que for, por exemplo, banana assada com leite condensado e canela pra mim é uma coisa pequenina. eu acredito que pra minha mãe seja grande, tamanho prazer ao vê-la comendo banana assada. esses pontos, de banana assada, inclusive, contam. tudo conta, tudo vive, tudo é vida pra quem tá vivo.



(esse papo meu tá qualquer coisa. mas eu não tô pra lá de marrakesh.)


estudo de linhas do rosto:

terça-feira, 16 de março de 2010

mais um lamento

vai ser difícil, vai
encontrar um amor como o seu
ai, como doi no meu peito
seu gosto é bem do jeito que eu gosto,
bem do jeito.



ai, como doi no meu peito.

domingo, 14 de março de 2010

Horóscopo, Ney e dúvidas.

O meu horóscopo diz que esse mês eu estou mais sensível e mais suscetível a exagerar mais do que de costume. Haja paciência para os que estão ao meu lado! Eu acredito em misticismo, astrologia, tarot, runas, essas coisas tudo. Mas não em todas as pessoas. Eu estou aprendendo a tirar tarot. Acho que demora mais uns bons anos até que eu me torne boa nisso.
O site que recomendo para horóscopo é o Personare. É bom mesmo. Às vezes eu fico em dúvida se funciona mesmo, ou se eu leio e ajo de acordo com o que ele diz (horóscopos em geral, não exclusivamente esse). Eu prefiro quando acredito, pois dá uma magia à vida. Eu não lembro quem, mas disseram que tem uma hora que a pessoa descobre que a vida não tem magia nenhuma. Aí perde a graça. Eu devo aproveitar enquanto ainda há essa dúvida.




Ontem teve show do Ney Matogrosso. Eu não sei se os shows que escolhi pra ir depois de crescida são tão bons quanto eu acho, ou se eu fico em êxtase diante de alguém cantando. Acho que a primeira opção. Está muito recente, eu não consigo escrever nada que esteja à altura do show, do Ney, dos músicos dele ou de qualquer envolvido. Eu queria mais e mais e mais, até que a voz dele acabasse.


"Se o problema é pedir, implorar
vem aqui, fica aqui
pisa aqui neste meu coração
que é só teu, todinho teu."

quarta-feira, 10 de março de 2010

a existência

eu fico querendo ficar parada. imóvel na minha existência, estagnada. não exatamente. fisicamente parada. sem sair de casa, essas coisas. eu tenho certeza que é uma falta do que fazer. pensando, pensando, só pensando. aí vem esses pensamentos na minha cabeça. eu deveria agradecer por não ter que acordar às 6 am todo santo dia, e não reclamar por não ter um sentido de existência. mas eu reclamo porque eu não tenho mais nada pra fazer. eu precisaria de um trabalho que ocupasse metade do meu dia e aí eu não teria tempo para mim, pra pensar besteira. aí eu reclamaria, diria que estou cansada e que queria descanso. uma pausa. eu sei como seria, mas assim também não está inteiramente ok. a vida sempre poderia ser melhor. o que tem de ruim aqui-agora? nada. mas nada bom também. eu quero é emoção. beijo de cinema, poderes especiais, sexo na praia.

terça-feira, 9 de março de 2010

you know i'm no good




Upstairs in bed with my ex-boy
He's in a place, but I can't get joy
Thinking on you in the final throes
This is when my buzzer goes


um dia eu quero rever todos esses vídeos e perceber como eu melhorei. hahahaha :O

quinta-feira, 4 de março de 2010

o menino estômago e outras historias

eu estou depressiva. a existência e o corpo doem, a vida teima em continuar e parece que não passa. demora, enrola e machuca.
eu digo xis para foto e dou um sorriso falso. eu pinto meu cabelo de loiro pra parecer mais bonita. faço um regime pra caber num vestido. passo rímel, batom, blush. eu não quero ser só bonita por fora. eu não quero ser bonita. eu quero ser. ser, ser. existir, ver, observar e ser. aqui-agora, com os pequenos prazeres da vida. com abraço, beijo de língua e carinho, muito carinho. dormir e acordar sem o olho inchado. e acordar e comer uma maçã porque fruta de dia é ouro, de tarde é prata e à noite mata. e viver, viver, sem pensar, sem questionar, sem julgar. e essas coisas todas.

O menino estômago um dia estava no self-service
e só se serviu de salada: tomate, alface, rúcula, agrião.
Ele viu e quis um hamburgão
mas ficou só na vontade,
porque ele sabia que quando comia besteira
ele tinha azia, gastrite e pirigava numa úlcera.
Na saída o menino estômago viu um monte de gente
e tava todo mundo tomando sorvete.
"Ai, que vontade", o menino estômago pensou
e morreu de tristeza.

terça-feira, 2 de março de 2010

provocador e teatral





Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia




Segredo: eu nunca vi um filme do Artaud. Acho que é por isso que eu não sei quem sou. Tenho que ver e as respostas do mundo aparecerão para mim. Que lindo. Emoção total.
#momentoironia

Roubei esse teste do blog da Kelly. Sei lá porque escrevi isso. Me sinto na obrigação de dar os devidos créditos.



Ok, próxima parte do post. Qual será? Eu gostaria de contar-vos (vos quem, exatamente? podem ser pessoas, bichos-papões ou amigos imaginários - ou simplesmente imaginários, já que podem ser inimigos imaginários também. Será que alguém já teve um inimigo imaginário? pensando melhor, acho que um bicho-papão é um inimigo imaginário. Por que diabos eu estou falando sobre isso? esse foi um dos maiores parênteses da minha vida) que no último sábado eu visitei os meus avós paternos. Fazia por volta de 8 anos que eu não os via. Foi bem bonito. Eles são bem fofinhos. Não só eles, mas toda a minha família nipônica. Eles foram muito atenciosos. Conversavam comigo, riam de tudo. Estava um clima um pouco tímido, pelo menos da minha parte. Mas foi bom mesmo assim. Eu falei algumas coisas e ouvi também. Eles mesmo (meus avós - Natália e Tetsuo) quase não falava, principalmente ele. Ele só olhava pra mim de vez em quando e dava uma risada. Na hora que eu cheguei ele estava na cozinha enxugando uma travessa e arregalou o olho (se é que isso é possível para um japonês). E em seguida fez cara de bonitinho. Ela estava dentro do carro que foi me buscar no metrô e disse que não teria me reconhecido (quem me reconheceu foi meu primo (sei lá como, eu não me lembrava dele). Aliás, eu não me lembrava da cara de ninguém. Se eu já encontrei algum deles na rua, não reconheci e nem reconheceria. Eu era muito pequena.
Eles me passaram o endereço do meu pai, que mora no Japão. Escrevi uma carta para ele, mas ainda não coloquei no correio. Eu quero imprimir umas fotos antes. Para enviar também. Ele sempre manda para a minha avó, e ela me mostrou algumas. Eu fiquei com uma que parece ser a casa onde ele mora. É bonita.
Bom, acho que foi uma atitude legal de minha parte. Foi bom para eles (espero) e muito para mim também. É um laço que pode ser reestabelecido. E pra lembrar que o meu jeito e aparência nipônicos não vieram do além.

segunda-feira, 1 de março de 2010

this never happened before



I'm very sure
this never happened to me before
I met you and now I'm sure
this never happened before

now I see
this is the way it's supposed to be
I met you and now I see
this is the way it should be

this is the way it should be for lovers
they shouldn't go it alone
it's not so good when you're on your own

so come to me
now we can be what we wanna be
I love you and now I see
this is the way it should be

this is the way it should be

this is the way it should be for lovers
they shouldn't go it alone
it's not so good when you're on your own

I'm very sure
this never happened to me before
I met you and now I'm sure
this never happened before (this never happened before)
this never happened before (this never happened)
this never happened before (this never happened before)




O Paul não é lindinho?

ontem foi o menino vela. em breve, eu quero contar a história do menino estômago. é história triste, tanto quanto a do menino vela.
faz tempo que eu não conto nada. antes de ontem, digo. por quê? eu me sinto pressionada em pensar em algo. e aí não penso e nem faço login. acho que parece frescura da minha parte, já que reclamo disso o tempo todo. está se tornando banalizado. e talvez seja mesmo (frescura). mas eu tô aprendendo, eu tô aprendendo. e nem tá sendo dolorido, como me disseram que seria. eu tô passando a acreditar mais nas coisas depois que eu confirmo. só de ouvir não tá sendo suficiente pra mim. eu tenho que ver se é de verdade.

chega por hoje.

O menino vela

Era uma vez um menino vela.
Um dia desses, por causa dos gases das vacas
e da poluição dos carros
e daquele monte de coisa que a gente sabe,
a camada de ozônio furou.
E o sol pôde entrar livre e contente.
Só o menino vela que não gostou
pois foi derretendo todo
e ao asfalto quente ele se juntou.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

lá em naviraí

tem ema e tamanduá atravessando a estrada
tem corujinha com a patinha quebrada, que fica na gaiola toda bonitinha dormindo de dia.
tem cachorrinhos que latem mas mostram a barriguinha
tem cachorrão que late e morde (mas é bonito)
tem onça que eu não vi e nem quero ver
tem pavão que eu não vi mas queria ter visto, e que só vi a pena
tem abelha que persegue se a gente quer pegar o mel
tem muito pernilongo que pica sem dó nem piedade
tem goiaba com bicho que tem proteína
tem pistola pesada
tem muita comida
tem avó que cozinha muito bem e fala tanto quanto cozinha
tem avô bem quietinho mas quando joga baralho fica animado
tem tia muito atenciosa
tem tio muito engraçado
tem primo que nem eu
mas quase que não tem cinema
tem cavalo que vai mansinho e obediente
e tem pônei que deita e rola com você
tem ovelha que faz béééé e é fedida, bem fedida.
tem muita família, muita família, muita casa.
só tem uma farmácia aberta por dia
não tem carnaval, nem farol
tem pista de skate meio abandonada
e tem até um sushi bar
mas shopping não tem
o shopping de lá é o paraguai, que tem loja bem barata e boa.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

há exatamente um ano atrás

não queria ter experiências,
não queria sentir.
me apaixonar,
me emocionar, viver.
por isso é tão difícil para mim criar algo e apresentar.
os julgamentos não me deixam brava; me machucam.
fazem eu me sentir inferior. por quê? por que eu sou tão sensível? eu não posso fazer teatro sem me entregar. mas eu posso me entregar? eu posso fazer teatro? eu estou pronta para ser alguém? para ser vista, para ser ouvida? POR QUE eu faço teatro? já que eu falo para todsos que sou apaixonada por teatro, estou pronta para me entregar para ele?
será que eu sou muito egocêntrica e não quero dividir as minhas experiências porque acho que os outros não serão capazes de entendê-las? ou eu sempre me coloco para baixo e nunca cedo a tentar... me privo de viver, de sentir. Afinal, a vida é uma sensação? Quem não sente está desperdiçando vida? Eu sei que a vida é feita de escolhas, e tudo bem se eu quiser não sentir? Mas e se eu não tiver certeza de que quero isso? Sei que uma parte de mim quer sentir! Mas eu tenho medo de me magoar de novo. Comigo mesma, principalmente. Será que meu lado impulsivo vai ser controlado dessa vez? Não sei se é possível retirar de forma tão brusca uma característica que faz parte da minha personalidade. Mas, para continuar a minha vida, com ou sem sensações, eu sei que preciso escolher agora. Na verdade, a minha opção é só uma. Infelizmente.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

meio

uma sensação de vazio, sei lá. não que eu me importe o tempo todo com as pessoas. aliás, na maior parte do tempo acho que eu fico pensando em mim mesma. eu acho (meio) esquisito quando o munish fala pra gente ficar mais tempo com a gente mesmo. porque eu me sinto a maior parte comigo mesma. e aí eu fico pensando se não é egoísmo. mas eu acho que o que ele quer dizer é meio ficar aqui dentro, e isso vai acabar refletindo na forma com que a gente vê o mundo e, consequentemente, age para com ele. para com as pessoas. essas coisas aí.
mas, enfim. não era bem isso que eu queria dizer...é que hoje (e ontem, e antes de ontem, eu acho - eu quis dizer "esses dias") eu queria ser um pouco importante, sabe? pra alguém, ajudar alguém em sua existência, dar um apoio, ser um pouco ouvida. e ouvir, ouvir coisas que só eu saberia. não é bem "ser" importante, já que não existe alguém que diga exatamente qual o tamanho da importância das coisas. é mais "me sentir" importante.
e por causa disso eu to me sentindo meio meio. no meio. metade, como se algo tivesse faltando.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

e-mail

eu percebi que as pessoas esperam da gente (ou talvez elas não esperem isso, mas eu costumava querer achar que sim) que nós sejamos sempre aquelas mesmas pessoas. e às vezes a gente esquece que somos seres humanos e que erramos o tempo todo. eu esqueço sempre em relação a algumas pessoas. aí a gente quer que ela seja sempre aquela mesma pessoa, que a gente conhece, e que ela esteja sempre de um determinado jeito, num determinado tempo-ritmo. ela pode sentir raiva, alegria, paixão, tudo, mas dentro daquela pessoa que nós sabemos quem é. como um personagem verticalizado. mas nós não somos personagens. nós somos pessoas... e como seríamos personagens se não tivessemos todos eles dentro de nós? não é assim que funciona. a gente pode ser uma pessoa hoje, um tempo-ritmo hoje, e outro amanhã. a gente pode ser qualquer coisa. qualquer. eu sempre ouço muito o que as pessoas que eu confio tem a dizer, e acabo acatando como se fizesse parte de mim desde sempre. eu acho que gosto de experimentar. mas nem sempre é bom. pq eu acredito nas coisas ruins tb. eu não seleciono o que as pessoas que eu confio falam (eu esqueço que elas são seres humanos - de novo). depois eu acabo percebendo que deveria ter selecionado melhor, mas acabo sempre repetindo isso. não sei se eu acho que é um erro. nao parei pra pensar. mas talvez eu nao ache, já que eu continuo fazendo isso sempre. ou talvez eu simplesmente nunca havia parado pra pensar... a liberdade e todas as coisas são só um nome. é mais importante sentir e tentar transmitir pro outro oq vc tá sentindo do que dizer que é liberto. porque dizer não significa nada se a gente não o é de verdade. normalmente a gente diz muito quanto não tem certeza do negócio e temos que nos auto-afirmar. aí parece que perde a credibilidade. eu ainda não sou auto-critica suficiente pra dizer o que eu sou e o que eu não sou. talvez eu um dia seja, quando eu me conhecer melhor... mas eu sou e acho que vc também é. naquele seu sentido de ser.




para Anna.
texto que ela fez no jogo cênico, dirigido por Renato Andrade.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

amor tecido

quando eu vou falar? aqui não, porque senão eu estragaria tudo. mas também, falar depois, vai parecer que é uma DR. não que não seja, mas eu não gosto de chamar assim. porque DR parece um negócio sério e chato demais, e conversar é a melhor coisa que existe. me deixa aflita que eu não consiga falar o mais importante, acho que não me sinto totalmente à vontade ainda. eu não quero brigar nem discutir, apenas dizer o que eu acho. e ouvir. whatever... já sei! eu vou falar quando a gente estiver voltando pra casa, como quem não quer nada.

-você quer um cachorro?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

o que será?

ah, oi.
as ideias vêm sempre, mas nunca na hora que estou em frente ao computador. eu consigo ficar imaginando o post na minha cabeça várias vezes, quando estou deitada na cama. ou andando na rua, ou tomando banho. e não adianta eu andar com papel e caneta, porque vai embora. eu já tentei. a única vez que deu certo foi quando eu só tinha caneta e escrevi no braço. na rua, no braço. e isso aconteceu há uns 5 anos. talvez eu tenha que exercitar um pouco mais. talvez assim as ideias nao fujam. me dá uma pequena tristeza saber que as ideias que eu esqueço podem nunca mais voltar...mas eu acredito naquele negócio que se a gente esquece, é porque não era tão importante assim. se bem que, pensando assim, nada parece tão importante, já que minha memória é daquela peixinha do Nemo (como é o nome dela? Dori? - depois eu vou googlar pra ver se eu acertei). Sabe o que eu li na Superinteressante ontem? Que quem tem mau humor costuma ter uma memória melhor, erra menos e escreve melhor. E de brinde ganha um câncer, uma gastrite, uma úlcera, cabelos brancos antecipados (essa parte já é minha, ok?). Não, obrigada. Prefiro ter memória ruim, errar bastante (assim a gente também aprende!) e não quero ser escritora mesmo... saber colocar uma palavra atrás da outra com uma certa concordância é suficiente para mim.

Sabe que eu fui convidada para escrever num site sobre teatro? Sem compromisso, sem ganhar nada, unicamente pelo prazer de escrever sobre algo que eu realmente goste. Eu fiquei infinitamente feliz por ser chamada, mas ao mesmo tempo infinitamente nervosa. Sei lá, escrever sobre teatro? Se bem que não é uma crítica sobre as peças. Pode ser qualquer coisa relacionada. Assim eu me sinto mais tranquila. É um negócio aberto, que venha de dentro. É mais um negócio de impressões, de coisas que a gente sente, do que um negócio regrado. Eu já consegui pensar em um monte de coisas para um primeiro post, mas só pensar. Inclusive me bateu um aqui, agora.

Amanhã começam as aulas...
Posso falar? Eu tô sentindo que alguma coisa vai/está dando errado. Está andando pro lado errado. Acho que em parte por culpa minha. Pode ser apenas uma impressão. Mas eu acho que tô fazendo algo errado. Pensando algo errado, querendo algo errado. Sei que não existe certo/errado, mas eu penso como as coisas deveriam ser. Não passo a passo, mas elas deveriam ser como elas costumam ser. Como elas têm sido. E aí eu acho que agora vai acontecer algo que vai mudar tudo. Não tudo, mas algo a se considerar. Eu costumo gostar de mudanças. Mas quando eu as faço, quando eu as escolho. Sabe? Ontem eu vi Closer (de novo) e tem algo que a Alice diz que é mais ou menos como "sou eu que sempre termino. eu que sempre os deixo". E eu sou mimada que nem ela.



complementando o post anterior.