domingo, 7 de outubro de 2012

Eu era pobre andava de chinelo, hoje sou rico e ando de Pajero

É tanta energia desqualificada, perdida por aí que eu também acabo sendo uma peça do tiroteio cego. E pra me ajudar e tentar direcionar um pouco dos perdidos, eu escrevo, eu escrevo pra diluir essa sensação, eu escrevo pra pedir perdão mesmo sabendo que não posso e que pode não servir de nada, porque só quem perdoa é deus.

A sincronicidade das sombras aparecendo é impressionante. Elas são chamadas e elas aparecem. Bem claramente, pra não ter dúvida. Assim como foi pedido. "Toma cuidado com o que você pede". É, funcionou, tá sendo claro.Ou melhor, escuro às claras. E bom, quem sabe agora não é uma bela oportunidade para resolver coisas?

Karnak - Comendo Uva na chuva


Continue indo na terapeuta! Parabéns, até agora você chegou no level de Paciente Adestrada.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O que tem pra hoje?

Enquanto a gente não pode pensar por nós mesmos, os outros pensam pela gente.

É revoltante, é triste, mas ficar só na revolta ou na tristeza não muda nada. Mudar muda algo. Perceber dá possibilidade à mudança. Manter-se na ignorância dá um falso conforto. A vida exige, a vida mostra, e mesmo assim a gente opta por manter-se nos mesmos padrões... nas mesmas desculpas, nos mesmos argumentos, nas mesmas linhas de raciocínio. Por que não expandir? Dar espaço ao novo? Ao desconhecido?
E lá vem o medo! O medo de morrer, o medo de ultrapassar, o medo de ser feliz.

O que é ser feliz? A vida não vem com manual porque não existe manual de felicidade, quem tem a potência criativa é o próprio humano e só o próprio pode escolher ser feliz.
E aí, quem sabe, não sei, não tenho certeza, mas a impressão de, quem sabe, relembrar, porque tudo já está!


Ah, quanta obviedade, e mesmo assim...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

instrução

Ei, setembro era o teu mês, mas você, como ariano nato, chegou 2 meses adiantado.
Bônus ou ônus? Na dúvida da resposta, quem dá a palavra final é você. Sinta-se feliz por poder escolher, por ser consciente da escolha, mas também sinta-se responsável pelas consequências da mesma. Tudo vem rápido, mas tudo se esvai em um segundo também.
É apenas parte de você, essa corrida. O meu ego é filosófico. Por isso não se atenha apenas a isso. É só o meu ego... As nuances vão aparecendo e aprofundando...
Topa? Topo? Vai e volta, trás e frente, tudo e nada.

E e/ou ou?

terça-feira, 17 de julho de 2012

declaração de amor

como eu queria estar escrevendo numa maquina de escrever e não num computador que tem funcionalidade, mas não tem sentimento. os computadores são descartáveis e não passam de pai para filho... eles não trazem história de vida, eles trazem história de momento, história de sofrimento por alguém que tenha construído aquilo por menos de um pão. os computadores não aguentam por muito tempo. os computadores não são humanos. mas alguns humanos não aguentam por muito tempo.

como eu quero ligar pro que realmente importa pra mim, ser quem eu sou, fazer o que eu faço, e estar cada dia cada vez melhor. hoje eu não me importo em escrever num computador, porque se ele está aqui, ele é o certo.

uma pergunta: se eu fizesse outra coisa diferente da que eu faço, a escolha estaria igualmente certa, logo, qualquer coisa que eu escolho é a coisa certa, e logo, não existem coisas erradas? colocando tudo o que existe em patamar de divindade e de igualdade, cada um com a sua própria potência mas igualmente divinos,  tudo o que existe é o certo? e tudo existe? tudo pode ser criado, até o que não existe, porque o não não existe. se se pensa determinada coisa, essa coisa automaticamente existe, e se não existe no campo material, pode transmutar de um estado (ar - pensamento) para outro (terra - realização, materialização).
Então é por isso que se cria um câncer? Alguns dizem, mas não assumem, talvez até se comprove, mas continuam não assumindo que o câncer se dá por excesso de mágoa, raiva e sentimentos considerados ruins pra o humano, porque quem dá qualidade a ele somos nós mesmos. Então esse pensamento repetido, contínuo acaba se transmutando no seu equivalente material, porque o universo - ou se você não gostar dessa palavra pode chamar do que quiser, mas invente um nome que seja suficiente pra você - flui, ele flui de acordo com o que você escolhe, mesmo que essa escolha seja inconsciente.

bom, o que eu tenho pra dizer é: MANO! Vai ser feliz, amigo, seja feliz, e se não é isso o que você quer, planta o que você quer colher. Mas saiba que colhe, colhe, colhe, se não hoje, amanhã, e se não amanhã, algum dia. mas eu volto pra esse ponto e eu não sei pra onde eu vou avançar, acho que pra lugar nenhum mesmo, vou continuar eternamente no presente. Atualizada, mas no presente. Quero aprender, quero viver, quero ser feliz.
Ou quero ser?
ou QUERO?
ou?

escolha feita inconsciente de coração não mais roubado








meu amor, eu não me esqueci de você. me perdoa por eu ter te afogado no alcool, me perdoa. muitas pessoas escreveram sobre isso infinitas vezes melhor do que eu, mas o meu continua sendo sincero. me perdoa por não transformar sempre em beleza, nem sempre em alegria, as vezes eu acabo transformando em ruptura, em morte, mas talvez seja essa necessidade falsa de sentir-se vivo. mas me perdoa, me perdoa, eu mereço, e obrigada por me ajudar a me fazer merecer. as palavras são muito pequenas, eu nem sei porque eu continuo escrevendo. vai ouvir a roberta sá cantando peito vazio que é a minha trégua, é o meu pedido de desculpas pra esse meu erro.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Neblina

Me perguntou: "E você?", mas eu não poderia responder a altura do que havia sito dito. Eu tenho vivido com apenas sombra a minha volta, e é o que eu vejo apenas, com alguns pequenos pontos de luz que se unem por algo que não é visível aos olhos dos homens, aos meus olhos humanos...

Eu não poderia responder a altura porque o sol dele é diferente do meu. Ele é o sol, eu possuo o sol, mas o meu sol me cega, e deixa o restante tão, mas tão claro que estoura todo o resto. Não dá pra olhar diretamente pro sol, ele ofusca! Não dá pra olhar diretamente pra você, você ofusca. Ofusca até a minha lua, que some na sua chegada... Some, foge, eu não sei bem qual é a palavra. Mas eu sei que algum outro eu, não sei se é o meu sol, a minha lua ou outro fica buscando uma forma dessas duas forças coexistirem.

É possível, e eu (você) tenho (tem) que... (perdi/perdeu o ponto em que sou eu e o ponto em que sou você) ... ser.


quando eu te ligar cantando aquela canção
não diga que não sente nada
é pra fazer doer no seu ouvido a nota melhor do nosso amor


De fato, o que eu poderia responder é que não adianta fugir pra mim, porque eu não sei essa resposta. A resposta dos teus olhos está. A adição de palavras confunde. Ela está latente, pronta pra celebrar, pronta pra agradecer, pra perdoar, pra servir. E esse teu olhar me diz "vamos juntos" mesmo sabendo que cada passo tem que ser dado individualmente. Eu também estarei por perto.

Eu peço ajuda pra que você não fique muito longe, pelo menos nesse momento, você é minha referência, não a única, mas uma importante pra esse degrau. E me desculpa, porque alguma hora a morte vai chegar.


ela falou "voce tem medo"
ai eu disse "quem tem medo é você"

quarta-feira, 20 de junho de 2012

mamãe, eu fiz o post do mês

escrevo cartas pro mesmo endereço
chamo teu santo nome em vão num verso


ingenuidade ou prepotência minha continuar buscando algo que não tem fim? onde fica o limite entre o bom e o ruim? entre a crítica construtiva e a crítica desnecessária?
quem julga?
o embasamento científico ou a sensibilidade?
a integração entre esses dois existe? o equilíbrio existe?

corpo, mente e alma. alma, mente e corpo.
por que a mente se chama mente e não verdade?

Ok. Vamos supor que o equilíbrio se faça, num instante. Eis. Você, equilibrado, instante, aqui-agora, pronto. Interferência externa. Acabou-se o equilíbrio? Existe um ponto em que só se é, pra sempre? Ou isso é constantemente mantido? Isso é possível para os humanos em sociedade ocidental, ou só para os monges e escolhidos? Pra mim o "como" ainda é uma incógnita.

Não era sobre isso que queria falar, mas falei.

Eu queria falar que eu tô tão ou mais perdida quanto aquelas pessoas que eu julgo que andam pela paulista sem rumo. É isso...que eu não me reconheço, que eu me olho nas fotos e acho bonito o meu passado, mas quem é essa pessoa? De quem é esse passado? De quem são esses olhos enigmáticos e sinceros mas que eu não conheço?! Quem eu sou para os outros é quem eu sou pra mim mesma...

quinta-feira, 24 de maio de 2012

por que as escolhas são sempre apenas uma possibilidade? quem me dera prever o futuro das outras escolhas!
talvez não tivesse graça, mas talvez ajude bastante em momentos de luta contra a morte.

sábado, 28 de abril de 2012

Voluntariado ou trabalho escravo?

Venho por meio desta contar uma situação não muito agradável. 


Me ligaram para eu fazer uma participação num piloto do novo seriado de um cara famoso (vou omitir o nome, porque hoje em dia se processa por qualquer motivo). A princípio, falaram  R$150 das 7h às 12h no sábado. Bacana. Não é muito, mas é uma figuração, então... Bacana. Pode mandar minhas fotos. Alguém me ligaria mais tarde para falar do horário e outras informações. Legal.


Às 19h o telefone toca. "Olha, meio que o diretor muda de ideia na hora, e provavelmente ele vai querer que você vá no domingo também". "Bacana!" - eu penso, "Duas diárias, trabalho um pouco maior do esperado". Pra confirmar, pergunto, porque é sempre duvidoso. E a resposta: "Não, não... nós só estamos pagando você, e esse valor é pros dois dias. Tem várias outras pessoas que também vão participar, mas que não vão ganhar nada, então você está ganhando 150 vezes a mais do que qualquer um lá." 
Eu: "Mas isso é trabalho escravo!
Pessoa: "Não, é trabalho voluntário...
Eu: (pensando) "Trabalho voluntário eu faço pra uma instituição de caridade, não pra um cara cheio da grana.
Pessoa: "Mas eu entendo você.
Eu: "Essas outras pessoas que toparam fazer de graça também são atores formados?
Pessoa: "Não... Mas tudo bem, eu entendo você, e o seriado vai prolongar, e agora que já tenho o seu material vou guardá-lo pra te chamar pra fazer algo um pouco maior
Eu: "Tá, legal




AGORA VEM A MINHA CONCLUSÃO DISSO TUDO
Gente, que porra é essa? Eu já ri muitas vezes com esse cara, e tenho certeza que você também. Nós gostamos dele. É uma pessoa aparentemente inteligente e sensata. É que nem político, na frente está tudo bem, o discurso é maravilhoso e quando vai ver a realidade da classe dos trabalhadores, estão todos na miséria e o cara vai dizer que não viu e que não sabe de nada!


E as pessoas que toparam se submeter a esse trabalho por estar perto de um cara famoso ou sei lá qual motivo, me desculpem mas... vocês vão continuar miseráveis com essa atitude! Figuração atrai figuração, dinheiro atrai dinheiro e submissão atrai submissão. 


Vocês, topando esse TRABALHO de GRAÇA, só vão atrair esse tipo de coisa e não vão conseguir melhorar a cabeça de pobre de vocês nunca. "Experiência", eu ouvi. MEU CU! Ninguém está ganhando nada, mas vamos ver quanto que o famosão está ganhando? Se não tiver ganhando nada também, tira 5 mil do próprio bolso, que pagando o mínimo de figuração (R$230) ainda dá pra pagar 21 pessoas. Vai te faltar 5 mil reais? Não! Mas pra mim vai. Eu preciso dar valor ao meu trabalho. Eu DOU valor ao meu trabalho.


Desculpa, mas eu não vou trabalhar de graça pra você. Se você fosse um cara que tivesse começando, não tem verba mesmo, eu até topava, eu já fiz muito trabalho de graça. É legal incentivar quem está começando. Mas você simplesmente não está começando, amigo. Não dá pra fechar os olhos pra quem vai trabalhar com você (eu acho que nesse caso nem é COM, é PARA) e abaixar a cabeça e concordar que não vai pagar nada para alguns e R$150 para duas diárias de 7 horas pra mim!


Eu aposto que por eu não ter aceitado, eles colocaram um dos que não vão ganhar nada pra fazer o que eu iria fazer. 
Ah...eu não sei com qual dos lados eu tô mais decepcionada. Com quem tá por baixo ou com quem tá por cima.


A relação deve mudar. Eu não sou menor do que ninguém por não ser famosa. Eu sou atriz, em começo de carreira, sou inexperiente em muitas coisas, mas sou um ser humano que nem você. Eu sou igual a você. Sou mais jovem, mas isso não me tira o direito de querer ganhar o meu dinheiro e a minha experiência. E eu não vou guardar isso pra mim. Eu também tenho direito de falar. E prefiro guardar a oportunidade de ganhar experiência com alguém que dê tanto valor à minha profissão quanto eu.


Grata.

sábado, 17 de março de 2012

talvez eu tenha ido longe demais.
e eu simplesmente não tenho mais controle (não que eu já tenha tido)...

eu olho para o meu coração e me pergunto se ele não quer hora uma coisa por segurança, e hora outra coisa por grito de liberdade. e ao mesmo tempo me pergunto se ele não quer a primeira coisa por saber que existe um amor pronto pra voar e ser tão belo quanto os já escritos e hora a segunda por saber que eu co-crio a realidade e o futuro.

eu olho para o meu coração e ele fica aconchegado, ele fica quente e em paz nos dois, mas de formas diferentes. num deles é segurança de mulher, de futuro garantido e de lar e de vida na fazenda, a dois. no outro é segurança de agora, é presente, é a dois mas é diretamente ligado ao mundo e a algo maior, muito maior do que só dois.

the scars of your love, they leave me breathless
i can't help feeling we could've had it all

eu até queria escrever mais, e falar tudo o que sinto, mas eu fico cansada e com medo de escrever algo que nem seja tão verdade... porque eu não sei a conclusão que chego com tudo isso que escrevi, não sei se prefiro frito ou assado, porque ambos tem lados bons e lados ruins a curto e a longo prazo...

é como se eu tivesse passando por uma fase de transição mas não sei exatamente o que isso muda e se isso deveria mudar a forma de ver as relações humanas.

porque eu sou uma, e sou outra. não sou nem uma, nem outra. sou as duas, todas e no fim, uma eu.
(é sério)

quinta-feira, 1 de março de 2012

eu sempre sempre fugi quando quis. hoje em dia parece que não vai ser mais possível essa via. oh shit, hora de morfar.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

vaidades (queria dizer paixões, mas não posso) não valem a pena. antes fossem paixões, porque a gente fica cego, míope, retardado. mas nem isso. vontade de fazer dar certo mesmo vendo que não tem caminho sem bloqueio.

sim, eu me questiono por isso. e eu me arrependo, me arrependo de ter perdido uma amizade de 15 anos por uma vaidade (queria dizer amor, mas não posso) que durou menos de um. e me pergunto: será que era amizade mesmo? as amizades não querem simplesmente te ver bem, independente do que quer que aconteça? nesse caso, eu que não fui amiga, eu que não soube ouvir, pois fiz mal a essa amizade em prol da minha (queria dizer felicidade, mas não posso)... vaidade.

sei que nunca se foi uma relação totalmente clara. sei que deixei de falar muitas coisas. e ainda deixo, por causa de minha (queria dizer discrição ou vergonha, mas não posso) vaidade. e assim, passa, ou deixo passar, e vai, ave, passando.

a vida tem outras histórias, mas as que eu quero deixar pra trás eu registro aqui. as demais, vivo.

estou fazendo isso certo?






sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

É realmente babaquice, muita babaquice minha ficar levando algumas pessoas pra frente junto comigo (pra trás). Eu paro na porta do inferno e no passo decisivo, normalmente alguém dentro de mim grita: Vão para o diabo sem mim, Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que havemos de ir juntos? Normalmente... não sei até quando a minha fé e a minha verdade vão permanecer intactas. E, quando não houver mais esse alguém, eu não sei, sei lá, papai.

É porque eu sofro calada de voz e sofro calada de pensamento (paz sem voz não é paz, é medo). Não porque tenho vergonha de mostrar o meu sofrimento e a minha cara feia de quem chora, mas porque simplesmente onde eu tenho vontade eu não posso, e onde eu posso eu não tenho vontade. Onde eu posso eu dou risada. Às vezes fujo, mas dou risada.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

e, por um instante, o amor pôde existir livremente.
mas o instante foi encoberto por todas as antigas mazelas... e o presente é inconstante.



- O que eu penso agora?

O ouvinte ri. O questionador percebe a dupla interpretação (só pode ser vista com consciência dos atos anteriores a esse). Seu rosto fica rubro. Também ri.

- Essa é a única coisa que temos total liberdade... por enquanto.




sinto tristeza por, no fim das contas, hoje, agora, ainda não tenha resultado em nada além de ódio e desamor.

novamente, nova mente, mente nova, mente velha... velhamente, é da mente.

não sou eu quem vai ficar no porto chorando, não
lamentando o eterno movimento
movimento dos barcos,
movimento dos barcos,
movimento...



conclusão: vai trepar e me deixar em paz, cara.