quinta-feira, 13 de março de 2014

Anestesiada

Eu escrevi no passado o futuro. A paixão é uma medida cega do ego. Palavras misturadas, ideias soltas, peito vazio.

Pela primeira vez depois do último dia, escrevo. Não me lembrava dessa sensação de ter vontade, essa possibilidade de vida.

Derramando estrelas sobre a minha solidão

Desculpe por calar, por omitir, por ignorar. A vida leva o tempo como um mar bravio. Não pude aparecer antes. O tempo não existe. O perdão não existe. Nada não existe. Então? A existência das coisas não implica em não considerá-la.

O amor rega a vida, o presente rege a vida, a vida flui. Fluir numa embarcação. Nem a Inês responde essa...


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Um ano é tempo para superar? Um ano é tempo para esquecer? Um ano é tempo, e o tempo nunca volta e nunca foi. Vivemos no tempo de maya, iludidos com o tempo.

Aos poucos vou reconstruindo o meu eu. O reconhecimento é árduo, ele não se completa. O futuro já é.