domingo, 25 de abril de 2010

Crítica: As Críticas

Eu sei um monte de coisas na teoria. Um monte. Mas quando eu descubro que as coisas na prática sao como disseram que é na teoria, fica muito mais legal (eu fiquei repetindo esse início enquanto estava no banheiro escovando os dentes para não me esquecer do raciocínio que eu queria chegar, mas como o pensamento flui muito mais rápido do que os dedos ou que a mão - no caso da escrita à mão-, acredito que algo sempre se perde - eu sou ótima em criar parênteses maiores do que o texto em si).

Voltando ao assunto anterior, eu estava falando de coisas na prática e na teoria. Eu ouvia muitas vezes pessoas falando que críticos são pessoas frustradas. Por exemplo, crítico de cinema é diretor de cinema frustrado, crítico de teatro é ator frustrado, essas coisas. Ai, esqueci que conclusão eu queria chegar com isso. Antes de qualquer conclusão (ainda esquecida), queria falar que eu não concordo com isso (de crítico ser alguém frustrado), mas eu entendo porque dizem isso. Mas quem diz isso é quem não sabe ler crítica. Tem que ter em mente que é uma opinião. Não é algo definitivo para o mundo. Pode ser algo definitivo para aquele ser humano - para os mais cabeçudos - e pode também ser mutável para aquele ser humano - para os mais inseguros.

Eu pensei nisso porque entrei no Omelete (o site que eu faço a programação de cinemas e já fui um dia estagiária) e li a crítica do Alice no País das Maravilhas e, vi aquele monte de comentários negativos sobre a crítica. Aí eu fiquei um pouco brava, mas passou logo, já que também senti um pouco de vontade de expor a minha opinião sobre a coisa.
Apesar de eu não ter visto ainda, a vontade de ver não passou e eu não me importo que o filme seja só visualmente lindo, nem que o 3D seja utilizado somente para objetos arremessados. Por ser o segundo filme em 3D que verei, acho que ainda não será mais do mesmo, já que é outro diretor. Aliás, um dos que mais gosto. Outro aliás: não é outro diretor, é o Tim Burton. Falei que não me importo que o filme seja só isso, já que eu pressuponho um roteiro no mínimo bom, dados os anteriores.





Acho que uma crítica deve ser feita com consciência da proposta da obra. (sei que pessoas como a priscila pediriam um "desenvolva", depois dessa frase, mas acho que tô com preguiça, e acho que nem sei muito bem o que ela significa - tô doida!!). Tá, vou tentar explicar - quem já entendeu, não leia, pois não sei se conseguirei me expressar bem: consciência da proposta da obra é saber para o que a obra serve, saber o que o diretor quis mostrar de novo em seu trabalho. No caso de Alice, pode ser uma evolução na parte visual - cenografia, figurino, maquiagem - e também na parte de atuação - acho que o Johnny Depp e a Helena Bonham Carter devem estudar bastante (eles parecem ter o lado apolíneo, mesmo com essas caras de malucos). Eu não acredito que o Burton, o Depp ou a Helena tenham tido crescimento 0. DUVIDO! DUVIDE-O-DÓÓÓÓ. Acho sim que as pessoas tiveram muita expectativa sobre a coisa, talvez devido a repercussão que teve e acabaram se decepcionando.





Acho que um dos motivos que saí do (o) - isso é um omelete- é porque eu sabia que não iria crescer - eu não falo inglês fluente ainda e eu não quero escrever críticas - talvez porque eu faça parte do grupo de inseguros e não tenha uma forte opinião sobre as coisas, ou por preconceito mesmo, de achar que crítico é frustrado.



- olha lá quanta insegurança! eu acho um monte de coisas, mas ter certeza mesmo, eu não tenho. Eu quero mesmo que as pessoas me digam o contrário e me deem argumentos, para que eu possa repensar tudo, tudo.

sábado, 17 de abril de 2010

paciência

eu ando um pouco sem paciência com seres humanos não objetivos. como se o meu tempo fosse preciosissímo e não quisesse descartá-lo com qualquer coisa. hoje marcaram ensaio extra-aula depois do tai chi, lá para umas duas da tarde (o tai-chi acaba meio-dia) e a princípio eu disse que iria ficar, mas gostaria mais se alguém ficasse lá a partir do meio dia mesmo, para eu não ficar esperando duas horas. só que no final eu não fiquei, já que tinha poucas pessoas mesmo e elas tinham preferência às duas. eles disseram que se eu ficasse ensaiaríamos naquela hora mesmo, com uma pausa apenas para comer algo, mas eu achei melhor não. eu queria vir para casa, almoçar em casa, ficar bem quietinha, no aconchego do meu quarto, estudar no meu tempo, fazer tudo do meu jeito. engraçado, logo no início do indac eu sentia que a minha casa era mais lá do que aqui.hoje em dia não. eu me sentia acolhida, querida, amada. hoje eu não sinto muita vontade de socializar. dá uma preguiça, sei lá.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

show de truman

quando eu era criança eu costumava fazer isso o tempo todo. aí, com a entrada da adolescencia, eu parei de fazer isso naturalmente. aí eu vi o filme e deu uma piradinha. depois os pensamentos cessaram de novo. agora eu pensei de novo. eu pensei que algum dos alunos da minha sala do teatro poderia estar simplesmente lá testando as pessoas, para ver como elas agem. é legal pensar nisso, cada vez pensando em uma das pessoas. nós somos facilmente manipulados. essa história dá pano pra manga.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

o silêncio

escrevi pra minha mãe: VOTO DE SILÊNCIO.
ela perguntou: está de luto?

respondi com a cabeça que não e pensei: o silêncio é branco.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

não se esqueça de mim

thi, essa é meio pra você, te amo.

(juro que vou aprender a tocar e cantar bunito pra câmera um dia)

sexta-feira, 2 de abril de 2010

exposição

às vezes eu tenho vontade de me fechar, fechar, fechar. e eu faço exatamente o contrário. eu meio que me obriguei a me abrir, abrir, abrir (sem piadas de duplo sentido, por favor) - o tempo todo, em qualquer caso, pra ver se eu morro. se eu morro por estar com o coração exposto. isso dá um nó no meu cérebro, um pouco até de angustia, uma contradição, um mini curto-circuito. como se o meu eu, digamos pessimista ficasse o tempo todo me falando "se fecha, se fecha que vai ser melhor para você" enquanto o meu eu, digamos otimista pedisse para ficar aberto à tudo que vier. não que tudo seja bom ou ruim, não. não existe bom ou ruim, certo ou errado. talvez eu até tenha trocado as palavras "otimista" e "pessimista", talvez elas devessem estar ao contrário. não porque não sei o significado delas, mas porque pode ser tudo, foi só um nome que quis dar para exemplificar. e nem acho que sejam tão precisos assim. isso não é da boca pra fora, é concreto. não existe. existem fatos e eu quero estar aberta para que eles aconteçam. tem alguns que me alegram. tem alguns que me fazer pular de euforia. tem alguns que não causam nada. tem alguns que me doem. tem alguns que me doem MUITO, a ponto de eu não querer estar aberta a eles por achar que eu posso morrer. me disseram que se morrer enterra. eu ainda não entendi o significado total dessa frase. na verdade, talvez ela não tenha um significado além desse mesmo. mas eu não entendo ainda o motivo pelo qual eu morreria de dor. tipo, porque se morre de dor? na verdade, eu estou cogitando a possibilidade de alguém morrer de dor. alguém morre de dor? eu hoje senti uma dor emocional mas que era física também. era como um estômago embrulhado, um peito fechado, uma garganta com nó, tudo ao mesmo tempo. eu acho que essa sensação é comum a inúmeras pessoas, já que muitos usam essas expressões. ou talvez a usem de maneira metafórica, sei lá. eu nunca tinha sentido essas coisas até bem pouco tempo atrás. eu achei que fossem simplesmente expressões para tentar traduzir o estado. mas não, são de verdade. as dores físicas de dor no peito, estômago embrulhado e garganta com nó realmente existem. dá mesmo que esse negócio, meio que querendo vomitar, mas ao mesmo tempo sem conseguir, já que tá tudo preso e encravado. nossa, é esquisito. eu senti isso quando saí da aula do frin. eu escrevi no twitter e repito aqui, descrevendo um pouco mais. "eu saio das aulas de montagem desse semestre meio sem energia vital. querendo chorar, sumir, virar pó. acho que tô fazendo algo errado." eu saio. e aí eu quero chegar logo em casa, pra ficar sozinha, acho que um pouco me esconder. aí a vontade de chorar passa. a vergonha de mim passa. eu acho que é isso, eu acho que eu tenho vergonha de mim. talvez vergonha de eu ser quem eu sou, talvez vergonha de mostrar quem eu sou. mas eu me mostro pros outros? ou eu só mostro a minha capa, ou coisas que eu sei fazer, ou finjo saber? ou a ideia simplesmente de me mostrar me causa vergonha e consequentemente, bloqueio? eu nem sei direito qual é a minha verdade. mas isso não acontece durante a aula, acontece só quando acaba. eu fico meio esgotada, meio acabada. talvez eu esteja usando de mim mais energia do que existe. é possível? é possível sair normal da aula?


se você leu até aqui, por favor, leia o post abaixo também. ele ficou muito pouco tempo em primeiro e todo mundo tem que ler a minha primeira poesia publicada conjunta. #^.^# (isso é uma carinha com bochechas rosadas de vergonha)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

água de côco (é ruim mas faz bem)

(a anna disse que o título da poesia deveria ser

Gato escaldado tem medo de água fria)


música - cheiro de torta de limão

vida - sorvete de grama molhada
quem me dera

saber onde o vento faz a volta
ter coragem de olhar para trás
quem é capaz?

de saber quem é
fazer o que quiser
quem vencerá

as lágrimas de tinta
dos olhos ocos
volta e vinda
muito e pouco



poesia conjunta. nossa. minha e dele.
não conseguimos musicar ainda. um dia vai?