segunda-feira, 16 de julho de 2012

Neblina

Me perguntou: "E você?", mas eu não poderia responder a altura do que havia sito dito. Eu tenho vivido com apenas sombra a minha volta, e é o que eu vejo apenas, com alguns pequenos pontos de luz que se unem por algo que não é visível aos olhos dos homens, aos meus olhos humanos...

Eu não poderia responder a altura porque o sol dele é diferente do meu. Ele é o sol, eu possuo o sol, mas o meu sol me cega, e deixa o restante tão, mas tão claro que estoura todo o resto. Não dá pra olhar diretamente pro sol, ele ofusca! Não dá pra olhar diretamente pra você, você ofusca. Ofusca até a minha lua, que some na sua chegada... Some, foge, eu não sei bem qual é a palavra. Mas eu sei que algum outro eu, não sei se é o meu sol, a minha lua ou outro fica buscando uma forma dessas duas forças coexistirem.

É possível, e eu (você) tenho (tem) que... (perdi/perdeu o ponto em que sou eu e o ponto em que sou você) ... ser.


quando eu te ligar cantando aquela canção
não diga que não sente nada
é pra fazer doer no seu ouvido a nota melhor do nosso amor


De fato, o que eu poderia responder é que não adianta fugir pra mim, porque eu não sei essa resposta. A resposta dos teus olhos está. A adição de palavras confunde. Ela está latente, pronta pra celebrar, pronta pra agradecer, pra perdoar, pra servir. E esse teu olhar me diz "vamos juntos" mesmo sabendo que cada passo tem que ser dado individualmente. Eu também estarei por perto.

Eu peço ajuda pra que você não fique muito longe, pelo menos nesse momento, você é minha referência, não a única, mas uma importante pra esse degrau. E me desculpa, porque alguma hora a morte vai chegar.


ela falou "voce tem medo"
ai eu disse "quem tem medo é você"

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