sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

depois de uma tarde de quem não sou eu
a noite continua sendo a mesma coisa.
não me lembrei de nada

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

bye bye brasil

a maior parte das nossas ações condicionadas permanecem por causa do medo de morrer.
eu parei de usar pente e não morri. aos poucos tô tirando o que não me serve mais... tchau.
quer dizer, o blog ainda fica.

domingo, 16 de janeiro de 2011

assim como eu, ela é uma garota de fugas. embora ela chame isso de desapego, eu vejo apenas como uma das possibilidades de uma mesma ação. ela não é rasa, longe disso, e exatamente por isso nada nela é unilateral. por isso, eu nem sei se é ela. é tão ampla que há espaço para ser ele. para a maioria dos seus relacionamentos [não exclua nenhum tipo deles], ela é arredia e de difícil abertura. ninguém entendia o motivo, nem mesmo ela, porque o que lhe faltava era ser compreendida, e parecia que ela ia exatamente pelo caminho oposto pra alcançar isso. ela não acreditava em atalhos. só que a vida nos leva de surpresa não só a destruições. quando ela menos percebeu, ela acordou e o viu. no espelho. da primeira vez o medo não foi tão importante quanto a excitação de se enxergar. aconteceu mais algumas vezes, até que no fim descobriu-se: ser arredia em relação aos outros tornou-a arredia a ela mesma. o caminho oposto era realmente o caminho oposto. não houve tempo. afogou-se. narciso.





número 1, número 2.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

a minha ida de encontro à verdade é uma mentira. não porque eu minto sobre o que eu falo, mas eu minto ao omitir informações. eu falo uma coisa, e me isento de outra, como se a segunda não influenciasse no entendimento da primeira.
não tenho certeza que quero saber... algumas coisas simplesmente existem para que a imaginação flua. mas quem é palzinha?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ele pensou tanto naquilo que ela sonhou e acordou com a imagem da corujinha...
não existe mais ele e ela. existem apenas nós. muitos.


a ponto de eu neste instante explodir em: eu. Esse eu queé vós pois não aguento sem apenas mim, preciso dos outros para me manter de pé, tão tonto que sou, eu enviesado, enfim que é que se há de fazer senão meditar para cair naquele vazio pleno que só se atinge com a meditação. Meditação não precisa de ter resultados: a meditação pode ter como fim apenas ela mesma. Eu medito sem palavras e sobre o nada. O que me atrapalha a vida é escrever.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

é reto

eu bem que tento, tento entender... mas a minh'alma não quer nem saber.
branco. agora um pouquinho preto. aqui apaga, refaz. eu esqueço as palavras. é chato que as táticas são sempre as mesmas. por que eu falo como se fosse um jogo? foi a minha primeira impressão...que voltou. eu escrevi "eu não quero jogar". e expliquei o porquê. não é óbvio? tratar isso como jogo é pedir pra perder. você não está entendendo quase nada do que eu digo. eu quero é ir embora, eu quero é dar o fora. queria ver a origem de novo. aquela cena da marion cottilard (eu acho essa mulher tão linda) presa.

o que impede as pessoas de aprenderem as coisas no campo sentimental/ espiritual como elas aprendem história ou política? quero parar de perder meu tempo pensando em coisas que outras pessoas já pensaram. eu chego em conclusões que acho o máximo e depois descubro que isso já é velho. por exemplo o fato de que chega uma hora que você amadurece tanto em um campo, que o outro tem que acompanhar, senão a gente fica estagnado naquilo. há o tempo da maturação, e depois o apego vem, implorando pra estacionar. e na maioria das vezes ele chega sorrateiro, e antes que a gente diga não, ele se instala feito um posseiro. ah, alma nova. eu digo: calma, alma minha, calminha... ainda não é hora de partir.



segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

completando a anterior

eu tomei café hoje.
não, eu não tomei café hoje. por que eu estou mentindo? eu tomei chocolate quente. mas não só isso. não é daqueles chocolates quentes simples. eu tomei daquele consistente. e água em sequência, pra refrescar a memória.

assim se dá em outras situações:

eu passei a noite sozinha.
não, eu não passei a noite sozinha. por que eu estou mentindo? eu passei a noite com alguéns (enfins). mas não só isso. eu fiquei fazendo aquilo que eu achava que ele não gostava de fazer. e água em sequência, pra refrescar a memória.

domingo, 2 de janeiro de 2011

fiquei cruel

era previsível.
algo surgiu e, pro primeiro, tudo fez mais sentido. pro segundo, menos. poderia ser ao contrário.
um percebia desde o início o que seria gerado. o outro obrigava-se a não estar nem aí. ele fica ali, ali e ali. pra não sofrer, a fuga. nos míseros segundos aí, as lágrimas caem. era um saber sem querer.
a importância real? nenhuma. a importância fictícia? o amadurecimento.
o motivo? querer. a consequência? um novo mesmo ciclo.
a necessidade? brecht [como sempre fora, mas dessa vez quem fazia esse papel era o outro número]

what about the night we cried
because there wasn't any reason left to keep it all inside
never understood a word
but you were always there with a smile

and if i say i really loved you
and i was glad you came along

alguns pedidos existem para reconfortar...confortar...conforto.



você, nos antigos tempos, diria realista.