de ter um amor de verdade
não tenho escrito por medo de ser uma tentativa frustrada de ser um pouco mais lógica em relação a vida. eu entro aqui direto, olho pra esse espaço em branco e tenho muitas, muitas ideias, que jogo fora. por saber a forma que as pessoas vão ler a coisa. não queria que ninguém se sentisse especial por eu me preocupar, porque, na verdade, é com a minha reputação que eu me preocupo. mas como ela foi dar um passeio no brejo e a perdi de vista, tanto fez.
ai, acabou o meu filtro de café
então eu usei papel higiênico (???) mas não deu certo...
acabou passando tudo.
porque depois que você foi embora sobrou só espaço pra minha tentativa de te transformar em personagem e ser parte do meu eu. eis que isso se tornou uma ode ao pessimismo.
sei que isso não vai adiantar, mas se eu fosse você eu pararia por aqui. sei também que é ao mesmo tempo contraditório, porque se eu não quisesse que fosse lido eu não postaria. mas, para desafiar os astros, os dogmas, os tratados, profetas e os enfins, essa é a minha transgressão.
(o máximo da minha coragem - quanta, não?)
porque quando é pra ter coragem, no sentido heroico da palavra, ela sai correndo. eu nunca disse de que lado estava, do bem ou do mal, e muito menos levei a vida dessa maneira. mas eu também nunca me considerei especial, e muito menos os outros (junto com os respectivos problemas). mas eu esqueci de levar em consideração quando o problema vai pro corpo, quando a alma adoece e pede pro corpo socorro e os sintomas vão aparecendo e são curados temporariamente e o cerne da questão não, então eles voltam e aparece cada dia um novo.
quantas vezes já levei desaforo pra casa. se um cachorro late pra mim na rua, vou lá e mordo ele? eu não. mudo de calçada.
e assim, falando sai, cai fora, não, a respiração retesa cada vez mais e o corpo também. já não era pra eu ter aprendido isso, jesus? (eu repito pra mim - e pra alguns amigos - todo dia: a chave tá na respiração... e não tá adiantando)
eu posso pedir perdão por algo que na minha percepção eu não fiz. e eu entendo, entendo perfeitamente. é uma pena, porque de tempos em tempos eu venho perdendo uma daquelas partes que originalmente não eram minhas, mas tinham se tornado minhas. e agora elas são arrancadas de mim, e fica uma parte faltando. e embora eu tente segurar pra ela continuar andando comigo, ela simplesmente se esvai... dilui-se, e vai embora, encobertas por um monte de cinzas.
é de você que eu gosto, mas é pra ela que eu mando mensagem de amor. faz sentido?
depois de ter vivido o óbvio utópico, te beijar
e de ter brincado sobre a sinceridade e dizer
quase tudo quanto fosse natural
eu fui praí te ver, te dizer
ah, chuck pahlaniuk...vá pro diabo sem mim.
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