quinta-feira, 25 de março de 2010

o trânsito no emaranhado dos fios da cyberspace

o trânsito nos fios da cyberspace
o trânsito no emaranhado dos fios da cyberspace

imagina se tivéssemos de ficar loucos e participar do envio de um e-mail.
eu queria saber desenhar para conseguir reproduzir essa imagem na minha cabeça. é como o trânsito de são paulo na hora do rush, mas ao invés de carros, seriam fios emaranhados. um cérebro. com fios coloridos. uma coisa ligando a outra, e cada um de nós é uma extremidade do fio querendo chegar na outra. cada e-mail, cada post de blog, cada tweet. nesses dois últimos casos, os fios seriam com pontas infinitas (assim como cabelos com pontas-duplas), já que é enviado para o mundo.

queremos desesperadamente gritar quem nós somos, o que queremos e o que sentimos. no fim, ninguém ouve nada, diante de tantos gritos. a necessidade e a vontade às vezes fazem a gente se afastar das pessoas, e não nos aproximar, como desejado. a vida é ao contrário. ao contrário do que as pessoas costumam nos contar que é. é muito, muito, muito menos. não a vida, a vida é mais, os fatos da vida é que são menos. a necessidade de falar (ou seria auto-afirmação?) atrapalha. fala bem baixinho. fala bem baixinho. depois de um tempo nem precisa mais falar. é só olhar. a cumplicidade vem, o entendimento vem. tudo que a gente tem vontade de falar bem alto é pra mascarar a verdade. por que a gente tem vergonha do que é? as coisas chamadas ruins, todo mundo tem. e todo mundo sabe que todo mundo tem. então pra que escondê-las? por que a busca pela perfeição? a perfeição é ser. é ser imperfeito, é permitir-se ser tudo e nada. qual a graça em não ser assim?
não me lembro se ele (o brecht) empregou com esse sentido, mas é meio que primeiro compreensão da parte (de si mesmo) e depois compreensão do todo (o mundo!). aqui pr'ali, cá pra lá.




(eu tomei muito café hoje de manhã)




tudo que se vê, pra que crer?
tudo que se crê, pra que ter?
tudo que se tem, pra quem?

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